Forró é declarado patrimônio imaterial brasileiro pelo Iphan
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) decidiu, por unanimidade, nesta quinta-feira (9), declarar o forró como patrimônio imaterial brasileiro. A definição ocorreu em reunião extraordinária do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural da entidade, o qual também considerou a expressão musical como supergênero. O processo foi aberto em 2011.
De acordo com o órgão, o forró é considerado um supergênero por agrupar ritmos e expressões musicais como o baião, o xote, o xaxado, o chamego, o miudinho, a quadrilha e o arrasta-pé.
O reconhecimento do forró como patrimônio imaterial do Brasil acontece a apenas quatro dias do Dia do Forró, celebrado anualmente no dia 13 de dezembro, dia do nascimento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Gonzagão nasceu em 13 de dezembro de 1912.
Defensor das Matrizes do Forró no Parlamento e sua inclusão como patrimônio imaterial, o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA) comemorou a conquista.
“É uma honra ter contribuído com este processo. Essa é uma expressão cultural rica, forte e importante para o Brasil. Sempre defendi que as Matrizes fossem incluídas no livro de registro de bens imateriais do povo como patrimônio cultural imaterial do Brasil para salvaguardar esse bem”, comentou o parlamentar que cobrou, do governo federal, o auxílio para trabalhadores no forró no período da pandemia onde, por dois anos seguidos, não houve os festejos juninos, período de maior rentabilidade para profissionais da área.
Na próxima semana, Daniel deverá participar do IV Encontro Nacional de Forrozeiros e o III Fórum Nacional do Forró de Raiz, na Paraíba, para a entrega do título Forró Patrimônio Imaterial do Brasil pelo Iphan.
A presidente da Comissão de Cultura, deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA), também celebrou o título. “Um reconhecimento necessário, contribuindo para o fortalecimento dessa manifestação cultural. Quero saudar a presidenta do Fórum Nacional de Forró de Raiz, Joana Alves, e a todos os companheiros que estiveram firmes nesta luta por muitos anos junto ao Iphan. Temos grandes referências na música, como Luiz Gonzaga, Alceu Valença, Jackson do Pandeiro, Elba Ramalho e tantas outros que levam o nome do Nordeste para o mundo por meio do forró. Viva o forró! Viva o Nordeste! Viva a cultura brasileira!!!”
Da redação
(PL)