O PCdoB iniciou as discussões do plano de governo da pré-candidatura à prefeitura de Salvador, nas eleições deste ano. Embora o primeiro encontro, realizado na última quarta-feira (12), tenha acontecido em um hotel – o Wish, no bairro Campo Grande -, a pré-candidata a prefeita, Olívia Santana, garantiu que os debates dos comunistas sobre a cidade não vão ficar restritos a gabinetes.

“Não vamos fazer discussão em ar-condicionado. Vamos girar Salvador, de ponta a ponta, escutando a população, e não só as pessoas do nosso partido, abrindo as portas da nossa candidatura”, afirmou Olívia.

O tema do primeiro encontro foi ‘Desigualdades sociais e transformações do espaço urbano de Salvador’ e contou com a presença de dois especialistas: o professor Gilberto Corso Pereira, da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e a pesquisadora Claudia Monteiro Fernandes, do Observatório das Metrópoles.

Os demais participantes tiveram a oportunidade de discutir com os professores e a pré-candidata estratégias para o enfrentamento das desigualdades no espaço urbano da capital. Para Olívia, os debates apontam para a promoção de um novo pacto para Salvador.

“Como pensar as transformações da cidade garantindo a questão social? Como esses investimentos que acontecem na capital vão impactar a vida da população? […] É preciso um novo pacto social, econômico, que democratize a cidade, que enfrente a segregação. A segregação é amiga da barbárie”, disse.

Olívia ainda explicou que a decisão de iniciar as discussões de programa de governo sem uma resposta de qual será a candidatura da base do governador Rui Costa (PT) se deu pela urgência da construção de um novo projeto para a cidade. “Não é possível esperar uma definição para iniciar os debates”, disse.

Segundo ela, o PCdoB vai propor um projeto de Salvador para todos e todas e enfrentar uma lógica de quem pensa a cidade como uma extensão do quintal de casa. “Estamos aqui para democratizar e apresentar o novo na política. Vamos fazer um processo de baixo pra cima, de modo a fazer as pessoas se sentirem representadas. Vamos quebrar paradigmas”, concluiu.