O número de pessoas ganhando a vida na informalidade atingiu novo recorde no trimestre encerrado em agosto, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A versão atual da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) aponta que 41,4% da população ocupada (38,8 milhões) se encontrava na informalidade no mês passado, a maior proporção desde 2016, quando começou a série histórica. O resultado supera o registrado no trimestre encerrado em julho (41,3%).

O líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida (BA), comentou o resultado da pesquisa, que mostra como o número de trabalhadores autônomos ou sem carteira assinada vem crescendo de forma persistente no Brasil. “É preocupante o rumo que nosso país está tomando”, escreveu em sua conta no Twitter.

Este grupo de trabalhadores informais inclui os que atuam sem carteira assinada (empregados do setor privado e domésticos), os sem CNPJ (empregadores e por conta própria) e os sem remuneração (auxiliam em trabalhos para a família).

De acordo com a pesquisa do IBGE, a categoria por conta própria chegou a 24,3 milhões de pessoas no trimestre encerrado em agosto, o que representa uma alta de 4,7% (mais 1,1 milhão de pessoas) em relação ao mesmo período de 2018.

Já o número de empregados sem carteira de trabalho assinada atingiu o recorde de 11,8 milhões de pessoas, o que representa um crescimento anual de 5,9% – Ou seja, um acréscimo de mais 661 mil pessoas nessa condição.