Adilson Araújo defendeu união na sessão de abertura do 3º Conselho da CTB

Sindicalistas estão reunidos em Brasília no 3º Conselho Nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), que acontece nesta sexta e sábado (13 e 14). No encontro, debatem a difícil conjuntura para os trabalhadores brasileiros e para a organização sindical, bem como deliberar sobre um plano de ação e lutas para enfrentar os desafios que se impõe em 2020.

O presidente nacional da entidade e membro do Comitê Central do PCdoB, Adilson Araújo, destacou que as crises alimentam saídas individualistas. É no contexto das crises que crescem as ocupações que não garantem nenhum direito aos trabalhadores, a chamada uberização, bem como a ampliação de respostas que enfraquecem a legislação trabalhista e os sindicatos. É neste cenário que Adilson defende a unidade dos trabalhadores e de suas organizações.

“Na arte, às vezes, dá certo optar por carreira solo. Mas na luta sindical não. E como o movimento sindical não é uma ilha, precisamos ter a compreensão que, para que esse projeto siga adiante, vamos ter que ter mudança de atitude. E o tempo exige, inclusive, abrir mão de alguma coisa para poder construir junto”, defendeu, lembrando o exemplo dos estados do Nordeste, que sob ataque de Bolsonaro resolveram formar um Consórcio na busca de melhores compras e mais investimentos, que não passem pelo Governo Federal.

Lembrando o marco de 12 anos de fundação da CTB, Adilson foi aplaudido ao agradecer o empenho de comunistas e até de quadros de outras centrais, entre outras forças políticas, para o avanço da luta da Central. Exortou a importância desta união para defender, agora e no futuro, os direitos e a Constituição, uma exigência que se impõe depois do golpe de 2016 e especialmente agora, com o governo Bolsonaro.

“Precisamos unir na defesa da democracia, da soberania e dos direitos. E nesse particular precisamos fortalecer a Constituição. Estão propondo mudanças decorrentes de uma máxima de que o custo da Constituição não cabe no orçamento da União. Para que possa prevalecer e fazer valer a importância [dos nossos direitos], creio que o caminho está dado e que este Conselho deve indicar uma estrada diferente de tudo que estamos assistindo. E com isso teremos motivos para celebrar”, concluiu.

Dirigentes da UGT, CSB e CGTB prestigiaram a reunião, que prossegue com o debate sobre a conjuntura, reforma sindical, programa verde e amarelo e os atuais desafios do movimento. Será encerrada com a aprovação do Plano de Ação e de Lutas no sábado.