Em vídeo publicado nas suas redes sociais na manhã desta segunda-feira (27), a representante do PCdoB na chapa Lula-Haddad, Manuela d’Ávila, comentou sobre o encerramento da greve de fome dos sete militantes de movimentos populares, que protestavam para que o Supremo Tribunal Federal (STF) colocasse em pauta a votação das Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs) que questiona a legalidade das prisões em segunda instância.

Segundo Manuela, a greve de fome é o último instrumento da luta política para denunciar aspectos relevantes da vida política. “Esses companheiros que permaneceram quase 30 dias nesse estado, fizeram a denúncia firme daquilo que nós estamos falando há bastante tempo, que a prisão do ex-presidente Lula é arbitrária, que o Brasil precisa rever essa prisão e que a ONU recomendou que Lula tenha seus direitos políticos garantidos”, ressaltou.

A comunista lembrou que mesmo preso e condenado sem provas, Lula lidera todas as pesquisas de intenção de votos. De acordo com um levantamento produzido pelo banco de investimentos BTG Pactual e divulgado nesta segunda-feira (27), o ex-presidente Lula chega a 35% das intenções de voto no cenário estimulado (quando os nomes dos candidatos são apresentados).

A pesquisa foi registrada sob o número BR-06062/2018 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ouviu 2 mil eleitores por telefone nos dias 25 e 26 de agosto.

Maternidade

Durante o vídeo, Manuela destacou que nesta segunda-feira (27), é aniversário da sua filha, Laura, que completa três anos. “Hoje também é um dia de muita reflexão, porque criar um filho em um país de tanta desigualdade como o Brasil, é sempre uma reflexão de como as nossas crianças não tem oportunidades e de como as nossas mulheres são punidas pela maternidade”, explicou.

Para Manuela, esta data também é emblemática, porque o nascimento da Laura mudou sua vida e sua militância. “Milito há duas décadas, desde os meus 16 anos. Mas, nesse tempo, os últimos três anos, que são os anos depois do nascimento da Laura, são anos muito especiais porque me dei conta de um conjunto de desigualdades que eu não percebia antes com tanta intensidade ou centralidade na luta política, como eu percebo hoje”.