267 militares ucranianos se rendem em Mariupol
Um batalhão com mais de 260 membros da Marinha ucraniana se rendeu, na segunda-feira (4), às tropas russas em Mariupol. Vídeos e fotos comprovam a rendição em massa.
Segundo fontes russas, a rendição em bloco contou com 267 membros do 503º Batalhão da Marinha da Ucrânia. A sede do Batalhão já estava sob controle da Rússia há mais de uma semana.
Mariupol – que integra a República Popular de Donetsk, fruto da rebelião no Donbass contra a perseguição dos ucranianos de fala russa por parte do regime infiltrado de nazistas em Kiev – tem sido um dos principais focos do combate entre a Rússia e a Ucrânia, especialmente depois que o governo russo anunciou a retirada das tropas dos arredores de Kiev, encerrando a primeira fase de suas operações. Agora as forças russas atuam na região em conjunto com as forças populares das Repúblicas de Lugansk e Donetsk.
No combate por Mariupol ganhou notoriedade, pelo lado ucraniano, o agrupamento nazista Batalhão Azov, que é parte integrante das forças armadas do país. A Ucrânia chegou a negociar e assinar os Acordos de Minsk 1 e 2, que tratavam da pacificação no Donbass. Mesmo assim, os batalhões nazistas que compõem suas forças armadas continuaram a bombardear a região e seus moradores.
O Exército russo tem avançado pelas ruas da cidade, encurralando os nazistas nos arredores da metalúrgica Azovstal, que fica na região costeira da cidade portuária.
A Ucrânia enviou dois helicópteros Mi-98 para tentar resgatar as lideranças do Batalhão Azov que estavam sendo cercadas, mas eles foram abatidos pelas tropas russas. Entre os mortos foram encontradas “carteirinhas” do Batalhão Azov.
Os militares da República Popular de Donetsk comunicaram às forças ucranianas que aqueles que quisessem se render seriam bem recebidos, com exceção dos que participaram dos massacres contra as populações do Donbass, que ocorrem desde 2014, isto é, os membros de grupos nazistas como o Batalhão Azov, Batalhão Aidar, entre outros.
Mariupol fica na região de Donetsk, cuja reivindicação por autonomia foi confirmada em um referendo em 2014, mas foi ignorada pelas lideranças ucranianas rompendo com os Acordos de Minsk que previam o avanço desta região rumo à autonomia. Em fevereiro de 2021, a população local pediu da Rússia reconhecimento como uma República independente da Ucrânia.