Nesta terça-feira (27), as sedes do Ministério do Poder Popular para as Relações Interiores, Justiça e Paz e o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela foram alvo de ataques com bombas e tiros lançados por um helicóptero roubado.

Desde abril de 2017 a Venezuela volta a assistir a uma escalada de agressões, com assassinatos políticos de membros ou defensores do governo e ataques armados a propriedades privadas e estatais, o que inclui hospitais e centros de assistência social. Vive-se um momento de extrema gravidade, em que se busca, através da violência generalizada, semear o caos para assim justificar um golpe de Estado ou uma intervenção estrangeira.

Além da sabotagem econômica e do terrorismo midiático, o uso de grupos paramilitares tornou-se expediente comum por parte de setores da oposição.

Este método vem sendo aplicado sistematicamente a partir da vitória de Nicolás Maduro no pleito presidencial realizado no dia 14 de abril de 2013, em uma eleição livre e direta, acompanhada por observadores de todo o mundo e cujo resultado foi reconhecido pela comunidade internacional. Desde então, a oposição tenta derrubar o presidente eleito, cujo mandato constitucional só termina em 2019, com a cumplicidade de uma mídia parcial, ligada e controlada pela oligarquia venezuelana.

Para tentar pacificar o país, a Unasul formou, em 2016, atendendo a pedido do presidente Nicolás Maduro, uma mesa de negociação com a oposição, coordenada pelos ex-presidentes do Panamá, Martin Torrijos; da República Dominicana, Leonel Fernández; e pelo ex-chefe do governo espanhol José Luís Rodríguez Zapatero, esforço ao qual se juntou o Vaticano, por incumbência direta do Papa Francisco.

Também com o objetivo de promover a paz e o diálogo, impulsionar mudanças democráticas e sociais, abrindo caminho para solucionar os graves problemas econômicos do país, foi convocada, no dia 1º de maio de 2017, a Assembleia Nacional Constituinte, cuja eleição acontecerá no dia 30 de julho vindouro.

Mas aos constantes apelos e iniciativas do presidente Nicolás Maduro em favor do diálogo a oposição responde sempre com o boicote e o aumento da violência.

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) expressa seu mais veemente repúdio aos métodos fascistas usados por setores extremistas da oposição venezuelana e proclama sua solidariedade à Revolução Bolivariana, ao presidente Nicolás Maduro e ao processo constituinte em curso, como instrumento para a pacificação total do país.

O Secretariado Nacional do Partido Comunista do Brasil – PCdoB
29 de junho de 2017