Em homenagem aos 14 anos da morte de Leonel Brizola, a pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela d’Ávila, conversou com a deputada estadual Juliana Brizola (PDT-RS) – neta de Brizola – por vídeo ao vivo nas suas redes sociais, nesta quinta-feira (21).

Leonel Brizola foi enterrado em São Borja (RS) no mesmo cemitério onde estão Getúlio Vargas, João Goulart, e a mulher do governador, Neusa Brizola. Juliana contou que estava no município, onde levou uma rosa em homenagem ao avô.

“Hoje é um dia de muita reflexão e saudade. De um avô muito querido para mim, que me deu muitos ensinamentos através do seu exemplo. É um dia de saudade, mas sobretudo de reflexão sobre as trajetórias e as lutas de Brizola”, destacou Juliana.

Manuela d’Ávila destacou a luta incessante de Brizola pela qualidade da educação pública e justiça social. “A visão de Brizola sobre a escola como instrumento de combate à desigualdade e a educação de qualidade em tempo integral tem relação com a emancipação da mulher”, frisou.

Juliana explicou que Brizola sempre teve uma admiração muito grande pelas mulheres. “Sua mãe, Onívia de Moura Brizola, teve um papel fundamental em sua vida. Ele foi alfabetizado pela mãe. Ela era uma guerreira, uma camponesa. Brizola perdeu o pai aos 2 anos de idade e ela criou ele e os irmãos sozinha”.

“Brizola falava que teve a oportunidade de estudar, se formar em engenharia, e sabia que se cada brasileirinho e brasileirinha tiver essa oportunidade vão chegar onde quiser”, disse.

Na visão de Juliana, o Brasil vive um “tempo muito difícil”. Ela acredita que se Brizola estivesse vivo, estaria pensando que mesmo após tantas lutas, o país retrocedeu muito.

Na opinião da pré-candidata do PCdoB, a população precisa lutar por um Brasil melhor. “Sem educação, pesquisa, não há caminho para o Brasil se desenvolver”, pontua.

“Pesquisa, conhecimento e inteligência. Como abrir mão disso? Não dá para acreditar, mas é uma realidade que estamos vivendo hoje. É um tempo que as crianças têm que lutar para ter uma escola aberta. Os jovens de classe média tem direito a estudar uma língua estrangeira, ninguém mais acha que vai conseguir um trabalho se não tiver uma língua estrangeira. E no nosso país a última reforma do ensino médio retirou a língua estrangeira”, lamentou a neta de Brizola.

Juliana expos sua admiração por Manuela d’Ávila. “Você é muito destemida. Isso é uma característica de Brizola, e eu enxergo isso em você. Uma mulher que saiu do interior do Rio Grande do Sul, que se disponibiliza pelo Brasil. Eu tenho certeza Manu que se o meu avô tivesse a oportunidade de ver a sua trajetória, ele teria muito orgulho. Eu me inspiro em ti”, afirmou.

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