Desde da tarde desta quarta-feira (13), quando se deu início na Câmara dos Deputados da Argentina a votação sobre a descriminalização do aborto, a pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela d’Ávila abordou o tema em suas redes sociais, ressaltando que aborto é uma questão de saúde pública. Após a aprovação na manhã desta quinta-feira (14), Manuela comemorou a conquista e disse que o tema deve ser tratado com urgência no Brasil, para evitar a morte de centenas de mulheres, em sua maioria pobre e negra, em decorrência de práticas clandestinas.

A votação na Câmara dos Deputados da Argentina foi apertadíssima, e por 129 a favor e 125 contra, foi aprovado a descriminalização do aborto até a 14ª semana de gestação e estendeu o prazo em casos de risco de vida para a mãe, estupro e malformação fetal. Agora o projeto de lei segue para o Senado.

Do lado de fora do Congresso, milhares de manifestantes se reuniram na praça. De um lado, os que se opõem ao aborto. No outro lado, quem defende que essa prática deixe de ser feita na clandestinidade e seja realizada de maneira legal, segura e gratuita.

“As ruas da Argentina deram um recado numa gigantesca mobilização das mulheres. Elas decidiram falar a verdade: não é sobre abortar é sobre deixar que as mulheres pobres morram na clandestinidade e as ricas vivam”, declarou Manuela em suas redes sociais.

A pré-candidata do PCdoB citou dados do Ministério da Saúde, que mostra que entre 2006 e 2016, a Argentina registrou 3.314 mortes maternas, destas, 681 mulheres morreram em decorrência de abortos – uma em cada quatro tinha entre 25 e 29 anos.