Manuela: “Não há desenvolvimento nacional sem investimentos públicos”
A pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela d’Ávila, defendeu que as universidades, escolas técnicas, os institutos federais de ensino superior e as estruturas de ciência e tecnologia devem ser estruturantes no projeto nacional de desenvolvimento, durante debate na Universidade de Fortaleza (Unifor), na manhã desta sexta-feira (18). Para ela, não há desenvolvimento sem investimentos públicos.
“Temos que pensar em uma resposta a esse golpe que seja um projeto nacional de desenvolvimento, um caminho próprio para o Brasil se desenvolver”, disse.
Segundo Manuela, não existirá projeto nacional de desenvolvimento se não pensar na retomada da indústria nacional e se não enfrentar os temas da macroeconomia.
“Não existirá projeto nacional de desenvolvimento se não pensarmos na retomada da indústria nacional. E, isso passa por agregar valor ao que produzimos. Passa pelas Universidades, porque aqui que produz a ciência básica do Brasil, portanto, é preciso veicular o setor produtivo, as universidades com os espaços de produção de ciência e tecnologia”.
“A macroeconomia não é religião, porque no Brasil é tratado como se fosse. O tripé que passa por juros e câmbio no Brasil parece que a gente está fazendo o sinal da cruz, porque ninguém pode questionar”.
“Como assim os juros e o câmbio da forma que estamos servem a uma nação em desenvolvimento? Na nossa interpretação, não. O câmbio sobrevalorizado e os juros exorbitantes destroem a indústria brasileira”.
Na visão da pré-candidata, não há porque um empresário investir hoje no setor produtivo, porque ele pode investir dinheiro, para ganhar mais e se preocupar menos.
Para Manuela, as respostas para essas saídas devem ser a radicalidade da democracia.
“Se o remédio deles para a crise é menos democracia, o nosso tem que ser a radicalidade da democracia, a participação ativa, o envolvimento das pessoas, a ideia de que só será possível governar ao Brasil e realizar reformas estruturantes e profundas se tivermos o povo conosco”, afirmou.
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