Manuela D’Ávila em Buenos Aires: A democracia brasileira foi saqueada
A pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela D’Ávila, viajou na última quinta-feira (12) para o Uruguai e Argentina, para denunciar a prisão arbitrária do ex-presidente Lula e o aprofundamento do Estado de exceção no Brasil. Para isso, Manuela concedeu entrevistas para a imprensa internacional, como a TV Monte Carlo e o jornal El Popular, e se reuniu com autoridades, lideranças políticas e sociais desses países.
Pela manhã, Manuela esteve no Uruguai e se encontrou com o líder e ex-presidente do país, Pepe Mujica e parlamentares da frente Ampla.
Buenos Aires
No período da tarde, a presidenciável visitou Hebe Bonafini, ativista dos direitos humanos e uma das fundadoras da associação Madres de Plazo de Mayo (Mães da Praça de Maio). Essa associação surgiu em 1977, quando mães se reuniram na Praça de Maio em Buenos Aires para exigirem notícias dos seus filhos desaparecidos durante a Ditadura Militar na Argentina (1976-1983). Atualmente, as mães se reúnem para exigir justiça contra os crimes cometidos contra os seus filhos.
Sobre o encontro com Hebe Bonafini na associação Madres de Plazo de Mayo, Manuela se manifestou nas suas redes sociais. “Se existe um templo de reflexão sobre como ditaduras podem ser cruéis, esse templo é a casa onde se encontram as Mães da Praça de Mayo. Ali estive com Hebe organizando sua visita ao acampamento [Lula Livre] em Curitiba”.
A pré-candidata do PCdoB também recebeu um Pañuelo (lenço) de Hebe Bonafini para entregar ao ex-presidente Lula. “Que dia!”, escreveu.
Posteriormente, Manuela foi recebida pela ex-presidente da Argentina e atual senadora, Cristina Kirchner, no Instituto Pátria, para conversar sobre o grave momento político e institucional que o Brasil atravessa.
“Estive com Cristina Kirchner, em Buenos Aires, falando sobre o que está acontecendo no Brasil e agradecendo aos argentinos e argentinas pela solidariedade”, disse Manuela.
A ex-presidente da Argentina também se manifestou nas suas redes sociais sobre o encontro com a pré-candidata do PCdoB. “Conversamos com ela [Manuela D’Ávila] e com alguns dos companheiros e companheiras da Argentina que fazem parte do Comitê em solidariedade com o ex-presidente Lula.”
A pré-candidata do PCdoB participou de um ato político em Buenos Aires para denunciar os ataques a democracia.
“Por causa do futebol, falam que nós, brasileiros e argentinos, somos adversários. Mas quando estamos em luta, estamos juntos na luta”.
“A democracia brasileira foi saqueada. Primeiro tiraram Dilma. E para eles, a democracia não é o mais importante. Querem tirar os direitos trabalhistas, vender nossa energia. E o espetáculo mais importante depois de tirarem a Dilma foi o processo das atitudes do judiciário e a prisão de Lula”.
Manuela também denunciou a decisão da juíza federal da Vara de Execução Penal em Curitiba, Carolina Lebbos, que proibiu a visita de um grupo de nove governadores e três senadores ao ex-presidente Lula na última terça-feira (10).
“Não deixaram que governadores visitassem Lula. E os presos brasileiros têm o direito de receber e falar com quem queiram. Menos Lula. E não querem que o mundo veja isso. Proibiram que Lula recebesse parentes que não fossem de primeiro grau”, criticou a pré-candidata.
O debate foi organizado pelo parlamentar Máximo Kirchner, do Partido Justicialista, pelos Partidos Comunistas e o conjunto das forças políticas progressistas argentinas.
Entrevistas internacionais
Em entrevista à TV Monte Carlo, do Uruguai, a pré-candidata do PCdoB ressaltou que a prisão arbitrária do ex-presidente Lula é a continuação do golpe de 2016. No jornal El Popular, Manuela tratou sobre a conjuntura brasileira, a luta pela democracia e campanha em defesa da liberdade do ex-presidente Lula.
A viagem da pré-candidata do PCdoB ao Uruguai e Argentina em defesa do ex-presidente Lula e da democracia brasileira repercutiu em vários jornais, como, o Portal La Diaria, Diario La República, Correio do Povo, entre outros.
Assista na íntegra: