A presidenta nacional do PCdoB, deputada federal (PE) Luciana Santos, repudiou a escolha do deputado Alberto Fraga (DEM-DF) para relator do Projeto de Lei 3734/12, que cria o Sistema Único de Segurança Pública (Susp). Para ela, o problema não é o projeto, mas sim seu relator.

Na visão da deputada comunista, Alberto Fraga é justamente o oposto do que se precisa. “Ele defende práticas que são abomináveis do ponto de vista da segurança pública e que não enfrentam a violência, só a acentuam”, defendeu Luciana Santos.

Alberto Fraga é coronel reformado da Polícia Militar do Distrito Federal e integrante da Bancada da Bala.

Em 2013, foi condenado a quatro anos de prisão por porte ilegal de um revólver e 289 munições, encontrados em um flat ligado a ele. Em 2014, Fraga recebeu 80 mil reais em doações eleitorais das Forjas Taurus.

Em 2015, o deputado se tornou réu no Supremo Tribunal Federal, acusado de cobrar vantagens indevidas quando era Secretário de Transportes do Distrito Federal, no governo de José Roberto Arruda.

O deputado também já foi fotografado ao lado do pré-candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, fazendo gestos em que suas mãos fingiam ser armas.

Recentemente, Fraga espalhou Fake News no Twitter sobre o passado da vereadora do Rio de Janeiro (Psol) Marielle Franco, assassinada a tiros. Nas publicações mentirosas, acusava Marielle de envolvimento com o narcotráfico.

Em 2015, Fraga foi denunciado ao Conselho de Ética da Câmara após declarar em uma discussão com a deputada federal (PCdoB-RJ) Jandira Feghali, que “mulher que bate como homem tem que apanhar como homem também”. Porém, o Conselho arquivou a denúncia.

Mas, após espalhar essa mentira sobre Marielle nas redes sociais, o Psol promete denuncia-lo ao Conselho e pedir a cassação do parlamentar.