“É preciso continuar a luta da vereadora (Psol-RJ) Marielle Franco, denunciando os arbítrios e batalhando pelos direitos do povo”, disse a pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela D’Ávila, segurando sua filha de dois anos e meio no colo, ao lado do ex-presidente Lula e com a multidão que participava nesta quinta-feira (15), da Assembleia Internacional em Defesa das Democracias, evento que faz parte do Fórum Social Mundial 2018.

O ato reuniu lideranças políticas de países como Honduras, França, África e povos de várias regiões do mundo e frentes de luta para discutir os ataques à democracia na América Latina.

Em seu discurso, Lula falou da felicidade de ter jovens como Manuela D’Ávila na disputa eleitoral de 2018. “Quero dizer que sinto muito orgulho de fazer campanha com você [Manuela]. É um orgulho e pode ficar certa que, da minha parte, você será tratada como se fosse minha candidata.”

Manuela D’Ávila iniciou seu pronunciamento relembrando do primeiro FSM, em 2001, realizado em sua cidade natal, Porto Alegre. “Naquela década o Brasil viveu muitas conquistas”, disse Manuela fazendo referência aos governos de Lula. Mas, agora 17 anos depois a pré-candidata destaca que o Fórum celebra a unidade de esquerda para resistir as ameaças contra a democracia do país.

vbvbbvvbvb“Depois de 17 anos, somos aqueles que acreditamos, trabalhamos e lutamos todos os dias para que o país volte a respirar os ares da democracia”, enfatizou.

A pré-candidata explicou que o objetivo do ato é para defender que o Brasil tenha eleições livres para que a população possa decidir os rumos do país. “Esse ato em defesa da democracia do Brasil e do nosso continente é para reafirmar o nosso lado da história (…) acreditamos que as saídas para a crise passam pela democracia, pelo desenvolvimento do Brasil garantindo a inclusão das mulheres negras e não o extermínio delas”, pontuou Manuela.

“Queremos tomar o futuro do país em nossas mãos e faremos isso resistindo, resistindo, resistindo e lutando, lutando, lutando”, frisou Manuela.

Durante a atividade aconteceram várias homenagens à Marielle Franco, assassinada na noite de quarta-feira (14), no Rio de Janeiro. Comovida, Manuela afirmou que irá transformar o luto em luta. “O luto em luta pela democracia e pelo direito do voto de todos os brasileiros”, disse ovacionada pela multidão.

“Marielle se transforma em um símbolo da luta do povo pobre e negro das favelas do Brasil, que enfrenta no dia a dia a violência da qual ela foi vítima. Ela saiu da invisibilidade e morreu pela causa. Tenho certeza que, como símbolo desta luta, ela vai impulsionar ainda mais a nossa resistência. Sua morte não foi em vão. Ela é mais uma vítima do golpe que estamos passando no Brasil, que está rasgando a nossa Constituição.”, disse a senadora (PT) Gleisi Hoffmann.

“Boa luta, contem comigo e com o Partido Comunista do Brasil (PCdoB). O nosso partido lutará para que seja decidido no voto o futuro do Brasil. Viva Marielle!”, concluiu a pré-candidata do PCdoB.

Também participaram da atividade o governador da Bahia (PT), Rui Costa, a deputada federal (PCdoB) Alice Portugal, o deputado federal (PCdoB) Daniel Almeida, o deputado estadual (PCdoB) Fabrício Falcão, a vereadora (PCdoB) Aladilce Souza, a dirigente nacional do PCdoB e secretária de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do governo da Bahia, Olívia Santana, a senadora (PSB) Lídice da Mata, o governador do Piauí (PT) José Wellington Dias, o ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Celso Amorim e representantes de entidades estudantis, sindicais e dos movimentos sociais.

A atividade aconteceu na noite desta quinta-feira (15), em Salvador, no Estádio de Pituaçu.

Assista na íntegra o ato em defesa das democracias: