No mês de julho próximo culmina a atual etapa de preparação da campanha eleitoral de outubro, com a realização das convenções municipais partidárias e a oficialização das candidaturas construídas.

A Comissão Política Nacional registra que o PCdoB – em todo o país –chega a esse momento com o êxito de ter sustentado o projeto que se vem construindo desde 2007, sob a consigna de maior afirmação do projeto partidário.

Mantém-se a perspectiva de lançamento de cerca de 360 candidaturas a prefeito(a) e, notadamente, se torna possível essa perspectiva em até 15 capitais e 50 outros dos municípios mais populosos do país. É possível alcançar um grande incremento de eleição de prefeitos(as) comunistas com respeito a 2004. Além disso, consolida-se a proposição de lançamento de cerca de 10 mil candidatos(as) a vereador(a), com perspectivas de mais que duplicar a representação de vereadores nas capitais do país e triplicar o número geral pelo país.

Tem sido positivo também o esforço em buscar dar concretude política ao Bloco de Esquerda. Esse objetivo, perseguido pelo PCdoB, encontra ambiente favorável com o PSB, PDT e PRB, levando em conta os interesses recíprocos de todos saírem fortalecidos nas eleições de outubro. A perspectiva dessa união em municípios como São Paulo e Rio de Janeiro, com candidaturas únicas, será uma importante sinalização política para o país. Ao lado disso, segue o esforço de sustentar alianças com as demais forças integrantes da base de sustentação do governo Lula, especialmente o PT.

É de destacar que várias candidaturas de capitais chegam a esta última fase em condições favoráveis, algumas das quais despontando com índices bastante favoráveis nas pesquisas, denotando candidaturas de grande expressão e prestígio político, capazes de aglutinar apoios políticos e sociais, polarizar o debate eleitoral com idéias avançadas, chegar ao segundo turno e vencer.
Para sustentar este projeto geral é preciso realizar um grande esforço. Nesse sentido, o PCdoB reitera as prioridades de seu projeto eleitoral nacional, centradas na disputa pela reeleição do prefeito Edvaldo Nogueira em Aracaju; na disputa de Olinda, com Renildo Calheiros; do Rio de Janeiro, com Jandira Feghali; em Porto Alegre, com Manuela D´Ávila, e em São Paulo, com Aldo Rebelo.

Outras prioridades poderão se estabelecer, com chances efetivas de vitórias, a serem apreciadas pelo Comitê Central após as convenções de junho. Terá, também, grande importância perseguir a vitória nos municípios com mais de 100 mil habitantes ou aqueles que são pólos regionais nos estados. A culminação da fase atual consolidando essa perspectiva precisa realizar um conjunto de tarefas:

1) Segue necessário consolidar e ampliar o arco de apoios político-partidários às candidaturas majoritárias, com coligações amplas que permitam maior âmbito de expressão na propaganda eleitoral gratuita, mais extensa base social às candidaturas e maior número de vereadores(as) e deputados(as) em apoio às candidaturas;

2) Concretizar em junho o esforço de conferir a essas candidaturas um programa nítido de proposições para as cidades, indo ao encontro das aspirações de desenvolvimento e progresso da população e melhor distribuição social dos seus efeitos. Isso vai ligado à definição do perfil da candidatura, do espaço político que se deve ocupar na disputa, das bandeiras concentradas que norteiam a linha publicitária, elementos integrantes da estratégia política da campanha.

3) Estruturar e planejar as campanhas majoritárias, por intermédio da definição de sua coordenação política, de comunicação e propaganda, de finanças e tesouraria, da área jurídica, e instituição do comitê eleitoral que permita, tão logo seja registrada a candidatura pós-convenção, despregar com energia o trabalho de campanha propriamente dita, com uma agenda política bem estabelecida, de forma ampla, contando com a participação e iniciativa de apoiadores;

4) Consolidar o esforço de constituir nominatas fortes de candidatos (as) a vereador (a), em chapas próprias ou em coligação, e definir com precisão os objetivos eleitorais para vereadores. Quando há candidaturas majoritárias, compor as nominatas levando em conta também os objetivos de sustentação delas e os interesses das forças aliadas;

5) Mobilizar amplamente as fileiras partidárias, apoiadores e forças aliadas para as convenções, como o primeiro grande ato político da campanha propriamente dita, demonstração do prestígio e apoio alcançados e da mobilização militante para a campanha. Assegurar o cumprimento da Resolução do Comitê Central de março passado, no sentido de implementar a Carteira Nacional Militante 2008 em toda a escala, como expressão do espírito militante.

6) Participar ativamente, no mês de junho, da mobilização nacional “Menos juros, mais desenvolvimento”, da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), da luta da CTB e demais centrais sindicais e do processo congressual da UJS.

São Paulo, 30 de maio de 2008
A Comissão Política Nacional