PCdoB, 98 anos solidário com o povo, engajado na defesa da vida das pessoas!

O mundo enfrenta uma das piores pandemias. Mais de 17 mil pessoas já perderam a vida. A solidariedade entre os povos e governos se inicia e se efetiva. China, Cuba, Rússia socorrem a Itália e o Irã, países que estão entre os mais atingidos.

A nação brasileira se levanta. O povo se mobiliza. Conscientiza-se, crescentemente, de que apenas tem começo uma das maiores e difíceis batalhas dos últimos tempos. Governadores, prefeitos, partidos políticos, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF), instituições da sociedade civil, centrais dos trabalhadores, movimentos sociais, setores da mídia somam esforços, conjugam forças, para que o Brasil vença a doença com o menor número possível de perdas de vidas.

Esse largo arco de convergências de esforços busca dar resposta à inoperância e à irresponsabilidade que têm caracterizado a conduta do presidente Jair Bolsonaro. Em vez de a presidência da República desempenhar a responsabilidade constitucional, de unir a nação e seu conjunto de Poderes, Bolsonaro minimiza a pandemia, ataca o Congresso e o STF, cria conflito com os governadores que, como podem, se desdobram para adotar as medidas que a situação dramática exige.

Em síntese: Bolsonaro não se porta à altura da responsabilidade de chefe do Estado Brasileiro. Por isso, um grito cada vez mais forte ecoa pelas janelas das cidades brasileiras: Basta!

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) que, neste 25 de março, completa 98 anos de lutas, está totalmente engajado – a exemplo de outros graves episódios que desafiaram a República – nesta grande luta nacional para o país enfrentar e vencer a Covid-19.

Nossa prioridade é fortalecer todas as medidas que visam a proteger, cuidar da vida e da saúde das pessoas. O vértice dessas medidas, em torno do qual estamos empenhados, é fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS). Que o SUS imediatamente receba o montante de recursos necessários para acolher e tratar das vítimas da Covid-19.

Bolsonaro foi obrigado a revogar um artigo da Medida Provisória 927/2020 que suspendia os salários por quatro meses. Foi uma vitória! Mas a luta prossegue para garantir à classe trabalhadora estabilidade no emprego e renda. Pela manutenção dos empregos, contra a redução de salários!

Estamos lutando, também, para que os trabalhadores informais, autônomos, e todos os que tiveram o seu meio de vida afetado pela crise, recebam um bônus no valor de um salário-mínimo. Sem dinheiro, sem uma renda mínima para comprar alimentos, para dar conta das necessidades básicas, os trabalhadores e suas famílias, sobretudo as parcelas mais pobres, ficaram fragilizados e mais expostos ao poder devastador da doença.

Ao mesmo tempo, é imperativo salvar as microempresas, pequenas e médias, impedir que ocorram falências em massa. Garantir crédito subsidiado e que governo, enquanto durar a quarentena, institua aportes para ajudar cobrir o pagamento da folha de salários.

A militância do PCdoB – impulsionada pelo significado de pertencer a uma legenda que ajudou a construir o Brasil –, neste momento de extrema dificuldade, pauta-se em servir ao povo, ser solidário até as últimas consequências. E, simultaneamente, buscar construir saídas, encontrar alternativas para que o país supere essas graves ameaças. Saídas já apresentadas por nosso Partido e que serão reiteradas e complementadas, ainda nesta semana, pela direção nacional de nossa legenda.

Finalmente, apesar da dura realidade que nos cerca, reiteramos nossa convicção: apesar de Bolsonaro, o Brasil enfrentará e vencerá a pandemia e a crise.

 

Recife, 24 de março de 2020

Luciana Santos

Presidenta do Partido Comunista do Brasil-PCdoB