Reunido em 16 de setembro de 2002 de e avaliando o atual quadro de consecução de nosso projeto político-eleitoral em outubro, o Secretariado Nacional faz o seguinte alerta a todas as instâncias de nossas campanhas, em especial às direções estaduais.

1. ATENTAR PERMANENTEMENTE AO FATO DE QUE O VOTO DE LEGENDA NO PCdoB, 65, PODE CAUSAR UM ENORME PREJUÍZO A NOSSO PROJETO ELEITORAL.

Esse é um problema que exige utilização do principal meio de comunicação que é a TV, para o qual se insiste na orientação traçada pela Secretaria de Comunicação de utilizar programas especialmente voltados para o “ensinar a votar certo” nos candidatos comunistas, insistindo no número dos candidatos.

Exige também intensificação desde já do trabalho de pré-boca de urna, com predominância da distribuição das “colas” eleitorais em todas as atividades de campanha. E completa-se com uma orientação muito afirmativa no mesmo sentido aos que farão o trabalho de esclarecimento do eleitor, nas ruas, no dia 6 de outubro. Medidas especiais e insistentes de orientação precisam ser traçadas e levadas a todos os recantos de nossa campanha.

Chamamos a atenção particularmente para os casos dos Estados de São Paulo, Bahia e Ceará, onde temos mais de um federal a eleger. Muitos eleitores, no afã de ajudar o Partido, estarão naturalmente induzidos, por falta de informação adequada, a votar na legenda procurando favorecer ambos os candidatos. Particularmente no CE, onde é forte a tradição do 65, e onde temos chapa própria de deputados estaduais (que poderiam se favorecer com o voto 65), medidas especiais precisam ser tomadas, de maneira taxativa: devemos pensar até mesmo em apelo direto e explícito ao eleitor, pela TV, com esse objetivo.

2. É PRECISO INCLUIR NAS ATIVIDADES DE MASSA DA CAMPANHA, EM NOSSOS REDUTOS, O “ENSINAR A VOTAR”.

Não se pode subestimar a dificuldade de um eleitor em votar em 6 candidatos, que exigirá, se não houver nenhum erro a corrigir, teclar 25 dígitos. A “cola” é indispensável, mas aumenta a confiança se o nosso eleitor tiver tido a chance de testar seu voto ou, ao menos, visualiza-lo. Por isso foi dada a indicação de utilizar vinhetas de programa de TV com esse fim, bem como, onde for possível, facultar algum treinamento em nossos comitês de campanha ou em atividades de massa em nossos redutos.

Pelo mesmo motivo, é recorrente utilizar o bordão de pedir o voto na conclusão das falas dos candidatos, ressaltando com criatividade o número do candidato – que é o único voto certo.

3. DESTACAR ESFORÇOS Á ALTURA PARA O ÚLTIMO MOVIMENTO ESTRATÉGICO DA CAMPANHA, QUE É A BOCA DE URNA, QUE COMEÇA DESDE AGORA.

A orientação para a Boca de Urna traçada pela CPN é explícita e já foi enviada a todos os comitês partidários. Boca de Urna não é mais uma medida de campanha, mas um movimento decisivo para a vitória. A questão é não subestimar os preparativos, que são pesados, e não podem ser diluídos em meio a um sem-número de outras questões urgentes de campanha. Urge que as direções destaquem quadros responsáveis desde já, de dedicação integral, para a estruturação desse trabalho.

Temos certeza de que todos estamos cientes dessas exigências. A questão é não procrastinar nessas medidas, que são indispensáveis. O único voto certo, nestas eleições, é no número dos candidatos. Disso depende a vitória!

O SECRETARIADO NACIONAL