Nota: PCdoB saúda os 70 anos da Revolução Chinesa
Partido Comunista do Brasil saúda os 70 anos da Revolução Chinesa
Aproxima-se, no próximo mês de outubro, o grande marco dos 70 anos da Revolução Chinesa e a proclamação da República Popular da China. Após um longo período de intervenção externa e dominação nos séculos XIX e XX principalmente pelas potências europeias, em especial a Inglaterra, e posteriormente o Japão, que chegou a controlar quase metade do território chinês, entre as décadas de 1930 e 1940, a Revolução Chinesa dirigida pelos comunistas possibilitou um país sem nenhuma intervenção estrangeira em um território de grandes proporções. O Partido Comunista Chinês foi assim forjado em uma acirrada guerra civil interna com o Partido Nacionalista, o Kuomintang. Mao Zedong foi o grande líder desse processo revolucionário. A ele se seguiram varias lideranças, com suas peculiaridades e os caminhos próprios das circunstâncias de cada época, até chegarem hoje à liderança de Xi Jinping.
A fundação da República Popular da China, em 1° de outubro de 1949, representou o ápice da maior revolução anticolonial da história. Revolução que, liderada por Mao Zedong, emancipou o país e sua população, dando-lhes novo destino, sob a direção do Partido Comunista. Com a Revolução Chinesa, a humanidade deu um gigantesco salto adiante no progresso civilizacional. Antes da vitória do Exército de Libertação Popular, a China foi por diversas vezes invadida, saqueada e teve sua soberania aviltada. Com a Revolução, o gigante asiático começou a trilhar o caminho da dignidade nacional, da soberania assegurada e do pleno respeito aos direitos dos trabalhadores e do povo. Abriu o horizonte para a chegada de uma experiência concreta de construção do socialismo, com as particularidades da realidade chinesa. A China, que nos anos 70 era a 120ª. economia do mundo, inicia a partir de então uma trajetória que hoje inspira a todos que lutam pelo socialismo.
Deng Xiaoping, pai da política de Reforma e Abertura, iniciada em 1976, levou a China a uma nova e acelerada etapa de desenvolvimento, tirando centenas de milhões de chineses da pobreza, elevando em todas as áreas a produtividade, a criatividade, a ciência, a tecnologia e a cultura. As reformas promovidas por Deng Xiaoping, nos setores da Defesa, da Tecnologia, da Agricultura e da Indústria possibilitaram um caminho que redundou no grande êxito econômico que hoje é inconteste, tendo crescido a uma taxa de 10,1% ao ano entre 1981 e 2001. Somente nesse período, mais de 700 milhões de pessoas foram retiradas da pobreza e enormes investimentos foram realizados em infraestrutura. Fruto disso são o maior porto do mundo (Shanghai), o maior aeroporto do planeta (Beijing) e a maior usina hidrelétrica mundial (Três Gargantas). Destaca-se ainda a mais longa linha de trem-bala do mundo, ligando Beijiing a Guangzhou. Foi nesse período também que a China ingressou na OMC e se transformou em um dos maiores exportadores mundiais. Em dez anos avançou seu índice de Gini de 0,49 em 2008 para 0,40 em 2018. Hoje lidera a produção e consumo de celulares, tendo desenvolvido a velocidade 5G.
Passadas sete décadas, hoje a China está organizada em 22 províncias, possui 1,4 bilhão de habitantes, sendo o mais populoso país do mundo. Possui reservas internacionais no valor de US$ 3 trilhões. Transformou-se na “fábrica do mundo” e caminha para ser a maior superpotência econômica mundial. Na época da revolução, eram 500 milhões de habitantes, sendo mais de 80% residentes da área rural e apenas pouco mais de 10% no espaço urbano. Sob a estratégia segura e a condução serena de Xi Jinping, a República Popular da China, sem declarações grandiloqüentes, sem adotar políticas de hostilidade contra nenhum país, propõe e pratica uma forma avançada de relações internacionais, baseada na cooperação e no ganho mútuo, na defesa de soluções pacíficas para as controvérsias, no respeito à autodeterminação dos povos e no rigoroso compromisso com o direito internacional e a Carta das Nações Unidas. A “Iniciativa um Cinturão e uma Rota” é um exemplo do que a China chama de desenvolvimento compartilhado.
Audaciosamente inovadora no campo científico e tecnológico, coerente com uma política justa de relações internacionais, ideologicamente determinada a construir o Socialismo com características chinesas, a pátria de Mao, de Deng e de Xi, consolida-se como a segunda economia do mundo e as perspectivas de feitos ainda mais significativos são plenamente tangíveis, o que acalenta com esperanças não só o heroico povo chinês, principal autor desta gloriosa jornada, mas todo o mundo, que a China, com seu exemplo, ajuda a transformar para melhor configurando uma real alternativa ao sistema capitalista.
Em relação ao Brasil, a China é o seu maior parceiro comercial. Só em 2018, 21,8% de todas as exportações brasileiras foram para a China. Nos últimos 15 anos foram da monta de 80 bilhões de dólares os investimentos chineses no Brasil. Entre os dois países existe ainda o forte vínculo por serem membros do BRICS. Sendo a China uma grande força dentro do grupo com quase 50% da população total do bloco e um PIB de US$ 1,5 trilhão maior que o dos outros quatro países somados. Neste sentido, será uma grande honra a presença no Brasil durante a XI Cúpula do Brics, nos dias 13 e 14 de novembro do ano corrente, em Brasília, do presidente Xi Jinping representando a pujança desta Revolução que transformou a China e de uma China que transforma o mundo. A este país, seu povo, seu governo e seu partido revolucionário, como comunistas brasileiros dedicamos nossas mais sinceras e profunda homenagens.
Viva os 70 anos da Revolução Chinesa!
Viva a República Popular da China!
Viva o Socialismo com características chinesas!