As mulheres representam uma enorme força social cujo protagonismo vem se elevando, em todos os terrenos, marcado por uma capacidade especial, energia e talento próprios de sua sensibilidade diferenciada.

Em decorrência dessa nova realidade o movimento feminista assumiu uma nova dinâmica, fruto das alterações dessas últimas décadas. Diversifica-se, torna-se mais plural, descentraliza-se, redefine conceitos, reelabora estratégias, eleva sua articulação supra-nacional. Ao mesmo tempo, enfrenta desafios teóricos elevados, decorrentes da ofensiva das forças conservadoras conduzindo-o à fragmentação, ao enfraquecimento de sua organização autônoma, perdendo, em algumas situações, sua radicalidade e seu caráter de massa.

A União Brasileira de Mulheres (UBM) surge nesse contexto e sob os ventos democratizantes do ascenso do movimento social no Brasil, impulsionada pela necessidade da corrente marxista se apresentar defendendo sua concepção no caudal da luta feminista em curso. Apresenta-se às mulheres brasileiras a partir da idéia de que a especificidade da sua opressão é fruto da perda da liberdade de produzir e seu conseqüente confinamento à esfera privada com derrotas no plano político-jurídico.

A UBM é uma entidade feminista que expressa uma corrente de opinião e desenvolve ações políticas e mobilizações sociais. Como diz o documento base: a UBM é o núcleo irradiador da corrente emancipacionista no movimento político e social e na luta de idéias, devendo levar suas propostas onde as mulheres estiverem.

A 1ª Conferência Nacional sobre a Questão da Mulher indica a necessidade de:

1 – Mobilizar todo o partido para a realização de um grande congresso da UBM no segundo semestre; em sua preparação, realizar um movimento de fortalecimento da entidade, em todos os seus níveis – nacional, estadual e municipal; intensificar a alocação de quadros e militantes em sustentação desse trabalho;

2 – Na esfera partidária, difundir largamente a concepção emancipacionista em todas as fileiras militantes, envolvendo os homens e as mulheres comunistas; incluir o pensamento emancipacionista em todos os currículos da escola do partido; valorizar a militância que atua nessa frente a partir de uma maior visibilidade nas atividades públicas realizadas pelo Partido.

Luziânia-GO, 31 de março de 2007
1ª Conferência Nacional do PCdoB sobre a Questão da Mulher
e ratificada pelo Comitê Central em sua 7ª reunião em 8 de julho de 2007