A Convenção Nacional Eleitoral dos comunistas, realizada em Brasília decidiu por unanimidade e com vivo entusiasmo aprovar a coligação nacional com o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Republicano Brasileiro (PRB), tendo como candidatos Luiz Inácio Lula da Silva e José Alencar, a presidente da República e vice-presidente, respectivamente.

A Convenção aprovou, também, a resolução política “Reeleger Lula, renovar o compromisso com as mudanças e eleger os candidatos do Partido Comunista do Brasil” que contém as razões políticas da decisão do Partido e apresenta elementos programáticos para a campanha de reeleição do presidente Lula.

Terminada a Convenção, o Comitê Central do PCdoB reuniu-se para debater e deliberar sobre o projeto eleitoral que foi elaborado pelas Convenções Estaduais. Renato Rabelo, presidente do PCdoB, ressaltou, o êxito das convenções, todas elas marcadas pela unidade partidária, pela representatividade, pela amplitude das relações políticas, e, sobretudo, pelo aceso ânimo da militância para eleger os candidatos com base numa campanha entusiástica e popular.

Após o debate do relatório apresentado no qual ficou patente que o conjunto das convenções adotou resoluções em conformidade com a política partidária traçada, o Comitê Central decidiu aprovar os nomes dos candidatos aos cargos majoritários e proporcionais bem como as coligações com outros partidos para as eleições nos Estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Tocantins.

O Comitê Central decidiu, também, delegar à Comissão Política Nacional, o exame e a homologação das convenções estaduais ainda não realizadas: Distrito Federal, Paraíba, Pernambuco, Roraima e Sergipe.

No cômputo geral, o PCdoB terá cerca de 60 candidaturas à Câmara Federal e 285 às Assembléias Legislativas. Terá o senador Leomar Quintanilha, como candidato a governador do Tocantins, e conclui a construção de uma coligação partidária que irá lançar o ex-ministro do esporte, Agnelo Queiroz, candidato ao governo do Distrito Federal.

Quanto às candidaturas a vice-governador, até agora, o PCdoB já tem três candidatas: Nadia Campeão, em São Paulo, Jussara Cony, no Rio Grande do Sul, e Wadia Carvalho, no Tocantins. O Partido, também, já tem definidos quatro candidatos ao Senado Federal: Jandira Feghali (RJ); Luciano Siqueira (PE); Aldo Arantes (GO) e Oswaldo Mota (TO). Este número de candidatos ao Senado, pode se elevar, com as candidaturas de Inácio Arruda, no Ceará, Olívia Santana na Bahia, e Kruger Darwich, em Rondônia, entre outros.

Com esse elenco de candidaturas, com a mensagem política de que é imprescindível a conquista de segundo mandato de Lula para o país avançar na realização de um projeto nacional de desenvolvimento e barrar a tentativa de retorno da direita ao poder, o Comitê Central do PCdoB está convicto das possibilidades de os comunistas elegerem 20 deputados federais, aumentar o número de seus deputados estaduais, e de que irão realizar campanhas exitosas e com chances reais de vitória ao Senado da República e a governos Estaduais.

Para tornar possível esse projeto, a direção nacional do PCdoB considera imprescindível o apoio do povo e dos setores democráticos, populares e patrióticos. Apoio que sempre teve, mas que dessa vez precisa ser redobrado para que o Partido enfrente e vença com força política a antidemocrática cláusula de barreira.

Para que as mudanças avancem e o Brasil siga na trilha da democracia, da soberania, da integração solidária com os países latino-americanos, do desenvolvimento, da distribuição de renda e da valorização do trabalho é necessária a reeleição de Lula. Mas além da vitória de Lula, é preciso que o campo democrático e que a esquerda estejam fortalecidos. E essa condição não existe sem um PCdoB forte!

Brasília, 29 de junho de 2006

Comitê Central do Partido Comunista do Brasil-PCdoB