Delegações do Distrito Federal, Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul deram a largada nos debates preparatórios ao 16º Congresso do PCdoB durante o encontro regional Centro-Oeste realizado nesta sexta-feira (21), no auditório do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Distrito Federal (Sindsep-DF), em Brasília. O evento foi coordenado pelo secretário nacional de Finanças do partido, Fábio Tokarski.

“Situação brasileira e internacional; a luta política e social pelo êxito do governo Lula; o papel e o alcance do 16º Congresso do PCdoB”, foi o tema central do debate que reuniu na mesma mesa o presidente do PCdoB-DF, João Vicente; a secretária de relações internacionais do PCdoB, Ana Prestes; o ex-senador e secretário do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Inácio Arruda, secretário nacional de formação do PCdoB, Adalberto Monteiro, e a secretária nacional de planejamento e coordenadora-geral da comissão de organização do 16º Congresso, Neide Freitas.

“Nós temos, evidentemente, que ter posições analíticas de como será a nossa luta na América Latina, a luta dos povos livres, a luta dos povos que não querem ser tutelados pelo império americano (…) Meus caros camaradas que vieram para debater o partido, quero lhe dizer: bem-vindo, sejam firmes na luta e vamos para o 16º Congresso”, disse o dirigente João Vicente.

Ana Prestes destaca que é um traço dos comunistas, o internacionalismo, a Luta pela paz. “Vamos lembrar que a Revolução de Outubro de 1917, qual era a bandeira mais revolucionária? O povo que estava vivendo uma guerra importante, a Primeira Guerra Mundial, foi justamente a luta pela paz”, disse Ana, referindo-se sobre a importância da luta em defesa do povo palestino.

“Há vários povos hoje que sofrem uma opressão absolutamente desmedida, mas a luta do povo palestino é hoje a principal luta internacionalista, a luta contra a extrema direita e o neofascismo”, defende Ana, que fez uma avaliação mais ampla sobre a conjuntura internacional.

Inácio Arruda ressalta a ação da China no cenário mundial, um país dirigido pelo Partido Comunista. “Essa é uma questão central, profunda, porque não é qualquer coisa. As pessoas que acompanham hoje o dia a dia da ação dos chineses, o que não ocorria há 15 anos, eles estão a agir com muita força no cenário internacional. A presença da China na América do Sul l é imensa”, observa.

Congresso

Adalberto Monteiro diz que os Congressos do PCdoB, a cada quadriênio, a partir da realidade viva e concreta, são chamados a responder ao que é principal ao Brasil e à classe trabalhadora, sempre no contexto do que é determinante à dinâmica da realidade mundial.

“A cada quatro anos, os Congressos fixam uma nova tática ou atualizam a tática vigente à luz do horizonte da estratégia, bem como passam em revista o partido em suas múltiplas dimensões, tendo em vista seu fortalecimento. O Projeto de Resolução Política do Congresso tem por tarefa sistematizar as respostas a este conjunto de demandas sob a regência do método de se apoiar na inteligência do coletivo militante o que demanda o mais amplo debate democrático”, esclarece.

Além do Projeto de Resolução Política, Monteiro afirma que, conforme indicação do Comitê Central, o Congresso também terá a tarefa de atualizar as Reformas Estruturais Democráticas, parte destacada do Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, conforme nosso Programa Socialista para o Brasil.

“O Projeto de Resolução Política e a atualização da Reformas estruturais democráticas serão dois documentos distintos, mas formam um ‘dueto’, pois se completam. O que vamos apresentar é, digamos, um ponto de partida, um conjunto de questões que estão orientando a Comissão de Redação do Projeto de Resolução Política”, disse Monteiro.

“A plenária final é um ponto alto de finalização do nosso Congresso e que este processo, desde a mobilização, será um momento rico, que desde a primeira etapa tenha essa marca de um partido Comunista em defesa do Socialismo, dos direitos do nosso povo, da democracia e do desenvolvimento do nosso país. Que a história do nosso Partido entrelaça com a história do nosso país nos últimos 100 anos. E da grande contribuição que os comunistas deram com o povo brasileiro e como os comunistas aprenderam e cresceram com o nosso povo”, informa   Neide Freitas.