Foto: Joedson Alves/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, votou a favor do recebimento da denúncia contra 70 golpistas que participaram da tentativa de golpe do dia 8 de janeiro.

Esse é o nono bloco de denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal (MPF) que está sendo avaliado pelo STF.

Caso todas as denúncias que estão sendo analisadas sejam aceitas pelos ministros, o número total de réus pelo atentado do dia 8 de janeiro chegará a 1.365.

Entre os denunciados está a bolsonarista “dona Fátima de Tubarão”, cidade de Santa Catarina. Ela ficou conhecida por ter sido filmada durante a invasão falando que estava na “guerra” e que ia “pegar o Xandão”, referindo-se ao ministro Alexandre de Moraes, além de ter dito que “cagou” no banheiro do STF.

Em 2014, ela foi condenada por tráfico de drogas, com envolvimento de menor de idade.

Ela foi denunciada pelo Ministério Público de Santa Catarina. Policiais militares que faziam vigília na região, conhecida pelo tráfico de drogas na cidade de Tubarão, a pegaram em flagrante durante o ato de acordo com a acusação do MP.

Segundo o programa Fantástico, da TV Globo, “Dona Fátima” tentou “enganar” o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para receber um benefício fraudulentamente. Ela também foi alvo de uma investigação por documentos falsos.

Outro que pode se tornar réu é José Acácio Serere Xavante, indígena que, ainda em dezembro de 2022, andou por diversos lugares de Brasília defendendo o assassinato de Moraes.

José Acácio ainda defendeu um golpe de Estado para impedir a diplomação de Lula. No dia 12 de dezembro, ele foi preso, gerando revolta entre os bolsonaristas, que atacaram a sede da Polícia Federal.

Alexandre de Moraes reafirmou que a “Constituição Federal não permite a propagação de ideias contrárias à ordem constitucional e ao Estado Democrático, tampouco a realização de manifestações públicas visando à ruptura do Estado de Direito”.

Nos outros julgamentos sobre as denúncias do MPF, todos os ministros votaram a favor de tornar os participantes do atentado de 8 de janeiro réus.
As únicas exceções são os ministros Nunes Marques e André Mendonça, que foram indicados por Jair Bolsonaro.

Fonte: Página 8