Patrulha conjunta partiu do porto de Vladivostok | Foto: Prensa Latina

Cinco navios de guerra russos e quatro chineses iniciaram uma missão de patrulha conjunta no Oceano Pacífico na sexta-feira (28), anunciou Moscou. É a terceira operação desse tipo realizada pelas marinhas dos dois países, que intensificaram a cooperação militar nos últimos anos.

Os objetivos da missão são “fortalecer a cooperação naval entre a Rússia e a China, manter a paz e a estabilidade na região da Ásia-Pacífico, monitorar a área marítima e proteger as instalações da atividade econômica marítima” dos dois países, diz o comunicado do Ministério da Defesa da Rússia. As embarcações partiram do porto de Vladivostok, no Extremo Oriente da Rússia, em uma rota pré-acordada.

Na quarta-feira, o Ministério da Defesa chinês confirmou o exercício conjunto e observou que “não tem como alvo terceiros”.

Durante a patrulha, marinheiros russos e chineses exercitam medidas defensivas, reabastecimento de água e combustível em movimento e atividades antissubmarinas e missões com helicópteros. Os navios também interagirão com a aviação da Frota Russa do Pacífico e a do Exército Popular de Libertação da China.

No início de julho, as marinhas dos dois países participaram de manobras no Mar do Japão, o que incluiu 20 exercícios de combate e ensaios de disparos de artilharia conjunta contra alvos marítimos, costeiros e aéreos.

O chefe da Marinha Russa, Nikolay Evmenov, afirmou durante uma visita à China no início de junho que Moscou atribuía “grande importância” ao aumento da cooperação militar com Pequim. Por sua vez, o ministro da Defesa chinês, Li Shangfu, expressou confiança de que os dois países “fortalecerão a comunicação em todos os níveis e organizarão regularmente exercícios conjuntos”.

Nos últimos meses, Washington acelerou sua investida na Ásia-Pacífico, via constituição da chamada aliança bélica Aukus, envolvendo EUA, Reino Unido e Austrália, com o fornecimento a Canberra de submarinos de guerra de propulsão nuclear.

Ao mesmo tempo em que ultima sua “Otan global”, de que a inauguração de um “escritório da Otan” em Tóquio, em discussão, é um ponto chave – além da incursão de navios de guerra da Otan nas chamadas “operações de liberdade de navegação” em águas alheias no Pacifico, milhares de milhas distantes do Atlântico Norte.

Fonte: Papiro