Trump com papéis localizados em sua mansão na Flórida ao fundo | Vídeo

Um grupo de promotores chefiados pelo procurador especial dos Estados Unidos, Jack Smith, acrescentou novas acusações contra o ex-presidente Donald Trump que apontam agora seu funcionário, Carlos de Oliveira, por tentar obstruir a investigação sobre o manuseio indevido de documentos secretos, impedindo que as imagens das câmeras de segurança de sua mansão em Mar-a-Lago, na Flórida, fossem vistas pelos investigadores.

Apresentando, na quinta-feira (27), três novas acusações criminais contra Trump, o que eleva o total para 40, os promotores assinalaram que De Oliveira disse a outro funcionário da casa onde Trump mora que “o chefe” queria que os vídeos de segurança da propriedade na Flórida fossem excluídos depois de ter sido intimado pelo Departamento de Justiça.

Também acusaram De Oliveira de mentir para o FBI durante uma entrevista voluntária, alegando falsamente que não tinha envolvimento na movimentação de caixas de documentos confidenciais em Mar-a-Lago.

As acusações foram tornadas públicas horas depois de Trump ter reconhecido que seus advogados se reuniram com funcionários do Departamento de Justiça para avaliar as tentativas de reverter sua derrota nas eleições de 2020 para o atual presidente Joe Biden, em um sinal de que outro conjunto de acusações criminais pode ocorrer em breve.

“Isso nada mais é do que uma tentativa desesperada e contínua da Família do Crime de Biden e seu Departamento de Justiça de assediar o presidente Trump e aqueles ao seu redor”, disse a campanha de Trump em um comunicado, desconhecendo as provas sobre os atos irregulares cometidos.

Trump é acusado de armazenar em caixas na sua casa da Flórida, “informações sobre as capacidades de defesa e armas dos Estados Unidos e de países estrangeiros; programas nucleares dos Estados Unidos; vulnerabilidades potenciais dos Estados Unidos e seus aliados a ataques militares e planos para uma possível retaliação em resposta a um ataque estrangeiro”.

O processo inclui fotos que mostram as caixas de documentos em um banheiro, no palco de um auditório e em uma dispensa da sua casa e também em um clube de golfe em Nova Jersey.

Trump também é acusado de ter compartilhado com terceiros um mapa relacionado a uma operação militar dos EUA. A acusação diz que os materiais vieram do Pentágono, da CIA, da NSA e de outras agências de inteligência e que o ex-presidente “se esforçou para obstruir as investigações do FBI e do grande júri e ocultar a retenção desses documentos confidenciais”.

O primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a enfrentar acusações criminais já foi indiciado duas vezes este ano, uma em Nova York por subornos a uma estrela pornô e outra por documentos confidenciais.

Trump está programado para ir a julgamento em março de 2024 em Nova York e em maio de 2024 na Flórida. A equipe do procurador especial Smith disse em um documento separado que trabalharia para garantir que as novas acusações não atrasassem o julgamento.

Fonte: Papiro