Manifestantes tomaram a frente da embaixada da Suécia em Jacarta | Foto: AFP

Após as profanações na Europa ao livro sagrado da fé islâmica, o Alcorão, a Assembleia Geral da ONU aprovou, por consenso dos seus 193 membros, uma resolução que condena “todos os atos de violência contra pessoas com base em sua religião ou crença, bem como qualquer ato dirigido contra seus símbolos religiosos, livros sagrados, casas, negócios, propriedades, escolas, centros culturais ou locais de culto, bem como todos os ataques contra lugares religiosos, sítios e santuários em violação do direito internacional”.

A resolução, aprovada na terça-feira (25), apresentada pelo Marrocos, ocorreu após várias queimas e profanações do Alcorão, em países europeus como Suécia e Dinamarca, atos que provocaram a indignação entre os muçulmanos, que pedem medidas em resposta aos autores e patrocinadores desses atos.

No mais recente caso anti-islâmico, cinco membros do grupo extremista denominado “Patriotas Dinamarqueses” queimaram cópias do livro sagrado em frente à representação diplomática egípcia em Copenhague, capital da Dinamarca, sob o olhar passivo da polícia.

O Secretário-Geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, reuniu-se na última sexta-feira com o Grupo de Embaixadores da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) no edifício das Nações Unidas em Nova Iorque, e divulgou uma declaração sublinhando que a ONU vai esforçar-se por implementar a resolução do Conselho dos Direitos Humanos “para combater o ódio antirreligioso que leva à discriminação, hostilidade e violência”.

“O Secretário-Geral condenou a intolerância, a violência e as manifestações islamofóbicos que aumentam as tensões e desencadeiam a discriminação e a radicalização”, afirmou o comunicado, sublinhando que Guterres está solidário com a comunidade islâmica.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Naser Kanani, em uma mensagem no Twitter anunciou que, devido a pedidos do Irã e do Iraque, a Organização de Cooperação Islâmica (OIC) realizará uma reunião virtual de emergência em 31 de julho para tratar de atos de profanação do sagrado Alcorão na Europa.

Fonte: Papiro