Pedro Sánchez antecipou a eleição para o Parlamento após o seu PSOE amargar derrota em maio | Foto: AFP

As eleições para as 350 cadeiras da Câmara dos Deputados, que indica o primeiro-ministro da Espanha por maioria simples, se encerraram neste domingo (23) com um avanço do Partido Popular (PP), a estagnação eleitoral do Partido Socialista (PSOE) do premiê Pedro Sánchez e uma ampla derrota da extrema-direita do Vox.

Com 8.078.210 votos (32,77%), o PP ampliou sua bancada de 89 para 136 deputados; o PSOE alcançou 7.749.791 votos (31,86%), indo de 120 para 122, o Vox atingiu 3.029.886 votos (12,39%), despencando de 52 para 33 e a coligação progressista do Sumar (ex-Podemos) obteve 3.013.679 votos (12,31%) e 31 cadeiras.

A abstenção de 29,6%, uma das maiores da história, só não foi recorde porque foram contratadas às pressas 10 mil pessoas para viabilizar o voto por correio, uma inovação nesta oportunidade.

Para o líder do conservador Partido Popular, Alberto Nuñez Feijóo, foi vitória amarga, pois não conseguiu alcançar a esperada maioria absoluta para formar um governo ou aliar-se à extrema-direita.

Ao mesmo tempo, o PSOE, do atual primeiro-ministro Pedro Sánchez teria que formar uma nova coalizão para manter outra legislatura à frente do governo, somando com os 31 deputados do Sumar. (coalizão que inclui o Podemos, que rompera aliança como o PSOE)

Caso os partidos majoritários não consigam negociar uma maioria viável, haverá um impasse e o país seria obrigado a realizar novas eleições em novembro ou dezembro.

Fatores como o maior índice de desemprego na União Europeia, a carga das consequências de descarrilamento econômico a partir da submissão a Washington nas sanções contra Rússia, incluindo visitas de Pedro Sánchez a Zelensky não empolgaram o eleitorado.

Como sintetizou o site Esquerda Diário, “não se pode enfrentar uma direita de verdade com uma esquerda de mentira”.

Fonte: Papiro