Andreia e Roberto Mantovani, os agressores | Foto: Reprodução

A Polícia Federal identificou que foi adulterado o vídeo entregue pelo grupo que hostilizou e agrediu o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e sua família no aeroporto de Roma, na Itália.

Um ofício já foi enviado pela corporação à defesa do trio responsável pelas agressões pedindo a íntegra da gravação feita por eles.

O caso aconteceu no dia 14 de julho, quando uma família de bolsonaristas, composta pelo casal Roberto Mantovani e Andréia Munarão Mantovani, o genro Alex Zanatta, e o filho, Giovani Mantovani, encontraram Alexandre de Moraes e seus familiares no aeroporto de Roma e começaram a hostilizá-lo.

Andréia começou a confusão insultando o ministro do STF e o chamando de “bandido, comunista e comprado”.

Durante a discussão, Roberto Mantovani deu um tapa no filho de Alexandre de Moraes, o que foi flagrado pelas câmeras de segurança do aeroporto. A violenta família bolsonarista agora é investigada por agressão, ameaça, injúria e difamação.

Alex Zanatta sacou seu celular para gravar a hostilidade de sua família contra o ministro Alexandre de Moraes, mas enviou para a PF somente um trecho de 10 segundos. A defesa de Zanatta diz que o vídeo não foi cortado.

O casal Roberto Mantovani e Andréia negou, em depoimento, que tenha agredido o filho de Moraes. Segundo a versão deles, era o filho do magistrado que os estava ofendendo e o tapa de Roberto, filmado pelas câmeras de segurança, era apenas um movimento para “afastar o braço” dele.

No depoimento, Roberto ainda falou que não sabia que era o filho de Moraes quem estava agredindo.

A gravação das câmeras de segurança foram enviadas pela Interpol da Itália para o Brasil na quinta-feira (20), mas no dia anterior os agentes da PF já tinham assistido a gravação.

Autorizada pela presidente do STF, Rosa Weber, a Polícia Federal realizou operações de busca e apreensão em dois endereços em Santa Bárbara d’Oeste, interior de São Paulo, ligados à família que atacou Moraes.

O presidente Lula defendeu uma “punição severa” para as pessoas que ainda transmitem o ódio, como o cidadão que agrediu o ministro Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma. “Quer dizer, um cidadão desse é um animal selvagem, não é um ser humano”. Lula falou que a atitude da família bolsonarista é típica do “neofascismo”.

Fonte: Página 8