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As centrais sindicais se reuniram nesta terça-feira (6), na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em São Paulo, para definir as ações que serão realizadas na Jornada de Lutas contra os juros altos.

Os sindicalistas definiram um calendário de mobilizações para pressionar o Comitê de Políticas Monetárias (Copom) do Banco Central a reduzir a taxa básica de juros (Selic), que atualmente está em 13,75% ao ano.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, explica que o objetivo da Jornada de Lutas contra os juros altos é chamar atenção da sociedade e pressionar os membros do Banco Central sobre a importância de baixar os juros. “Juros altos sangram o país e inviabilizam o desenvolvimento. O pagamento de juros, por parte governo, consome e restringe consideravelmente as possibilidades de crescimento do país, bem como os investimentos em educação, saúde e infraestrutura, entre outros”, alerta o líder sindical.

Para Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), nada justifica a atual taxa de juros. “Essa política atende ao receituário do mercado, dos bancos e da especulação. A decisão revela uma completa submissão do Copom aos interesses dos rentistas e um evidente boicote ao presidente do Brasil, que já apontava a necessidade urgente de uma mudança de rota na macroeconomia”.

“A manutenção das mais altas taxas de juros do planeta Terra se constitui em um ato irresponsável e de claro boicote ao esforço governamental e empresarial, mas principalmente às lutas e reivindicações das organizações sindicais. Irresponsabilidade que explicita o erro de conferir autonomia a um Banco Central, cujo presidente é fiel ao governo anterior, que aposta no fracasso do atual governo, e inimigo do povo brasileiro”, diz trecho de nota publicada pela CUT.

As centrais alertam que a diminuição da taxa de juros é fundamental para ajudar a gerar mais empregos, melhorar os investimentos na indústria, no comércio e aumentar o crédito.

A primeira ação das entidades será o lançamento da jornada com um dia de assembleias, panfletagens, tuitaços e atos em diversas cidades do país, no dia 16 de junho.

Para o dia 20 estão marcados protestos em frente ao Banco Central em todos os Estados onde houver sede. Em São Paulo, ato em frente ao Banco Central, na Av. Paulista, 1804, a partir das 10 horas.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, do Sindicato dos Metalúrgicos de SP e Mogi e da CNTM

Fonte: Página 8