Movimentos social e sindical farão jornada contra os juros
As centrais sindicais e os movimentos sociais anunciaram nesta quarta-feira (31) “uma jornada massiva contra as altas taxas de juros e a política imposta pelo Banco Central (BC)”. As ações ocorrerão entre 16 de junho, Dia Nacional de Lutas, e 2 de julho.
A reunião da comissão operativa contou com a participação de cinco centrais sindicais – CTB, CUT, Força Sindical, UGT e InterSindical –, além de movimentos sociais ligadas à Frente Brasil Popular. Na opinião das entidades, o fim da política monetária ultraliberal passa pelo impeachment do presidente do BC, Roberto Campo Neto.
Desde agosto de 2022, a taxa básica de juros, a Selic, está em 13,75%, o que deixa o Brasil com os maiores juros reais do mundo. Devido à nefasta independência do Banco Central, nem mesmo a Presidência da República tem poderes para interferir na política monetária – daí a necessidade de grande pressão popular contra os juros altos.
“Nesta campanha serão utilizadas as redes sociais através de vídeos e peças demonstrando como o tema dos juros afeta a vida do povo brasileiro (…) na questão do emprego, consumo, etc.”, explicam as entidades. Já os materiais impressos serão distribuídos em “feiras, terminais de ônibus e pontos de grande concentração de pessoas”.
Para o Dia Nacional de Lutas, em 16 de junho, estão previstos atos de rua, mobilizações em fábricas e colagem de cartazes. As entidades conclamam os parlamentares progressistas a usarem as tribunas do Legislativo para denunciar o Banco Central. No fim da jornada, nos dias 30 de junho, 1 e 2 de julho, haverá “mutirões de agitação popular e trabalho de base”.