Wang Wenbin, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China | Foto: Divulgação

Com a mídia ocidental antecipando que um dos objetivos centrais de Washington na cúpula do G7 de Hiroxima será lançar contra Pequim a pecha de exercer “coerção econômica”, o porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Webin, instou o Japão a não ser “cúmplice” dessa manobra e chamou o G-7 a exigir que Washington pare de dividir o mundo em dois mercados, o que é a principal ameaça à economia global.

“Se os países do G7 estão realmente preocupados com a segurança econômica, eles devem exigir que os EUA parem imediatamente de reprimir e conter outros países em nome da segurança nacional, parem de aplicar atos unilaterais de intimidação indiscriminadamente, parem de coagir aliados a se envolverem em pequenos círculos exclusivos e pare de interromper a segurança e a estabilidade da indústria global e das cadeias de suprimentos”, observou Wang na coletiva de imprensa de segunda-feira (15).

Wang disse que os EUA “coagiram os países envolvidos a se envolverem na dissociação econômica e em um embargo de ciência e tecnologia contra a China, e reprimiram irracionalmente as empresas chinesas, o que não é de forma alguma uma concorrência leal, mas uma violação grave dos princípios da economia de mercado e das regras da OMC”.

O Japão – apontou Wang – deveria ter o entendimento mais profundo de “coerção econômica”, já que foi vítima do Acordo do Plaza de 1985, sob o qual os EUA forçaram a valorização do iene e a depreciação do dólar.

Segundo o porta-voz, esses países devem exigir que Washington se abstenha de lidar com a inadimplência da dívida interna elevando continuamente o teto da dívida e corrija seus ajustes agressivos de política monetária, a fim de evitar a transferência de riscos domésticos para o mundo, segundo o porta-voz.

Ele também chamou o G-7 a “identificar imediatamente e punir severamente os perpetradores das explosões dos gasodutos Nord Stream e a manter a segurança da infraestrutura transnacional crítica”.

Wang disse ainda que esses países, como os EUA e o Japão, como membros de um ‘clube dos países ricos’, não devem agir apenas no interesse de alguns países em detrimento da grande maioria da comunidade internacional, mas devem responder à tendência de abertura e inclusão, e pensar mais sobre como fazer algum bem real para a paz e estabilidade, bem como para o desenvolvimento do mundo.

Fonte: Papiro