Dominic Pezzola, do bando 'Proud Boys', com escudo que roubou de policial para quebrar vidraças do Capitólio | Foto: Arquivo

Quatro integrantes da milícia trumpista “Proud Boys” (Rapazes Orgulhosos) foram condenados, nesta quinta-feira (4), por participarem da organização e da invasão do Capitólio (Congresso dos EUA) no dia 6 de janeiro de 2021, incluindo a depredação de prédio público.

O ataque, comandado por Trump, buscava inviabilizar a posse do presidente eleito, Joe Biden, cuja vitória, o derrotado e então ocupante da Casa Branca, tentou obstruir por meios fraudulentos desde o início da apuração. Quando esta deu vitória a Biden, passou a articular a depredação do Capitólio no dia em que o Congresso declararia Biden e sua vice, Kamala Harris, empossados. O que acabou acontecendo quando a balbúrdia foi detida.

O júri da Corte de Washington considerou os quatro culpados de “sedição”. Um deles, Dominic Pezzola foi filmado com um escudo roubado à polícia e usando-o para quebrar vidraças do prédio do Congresso. Ele foi condenado também por roubo e, junto com os demais condenados, por tentativa de obstrução de sessão do Congresso e por destruição de bens públicos.

Os integrantes deste grupo de condenados agora podem ser punidos por até 20 anos de cadeia.

Uma outra milícia, os “Oath Keepers” (Guardiões do Juramento) teve seis de seus integrantes condenados em julgamentos já ocorridos em novembro do ano passado e janeiro deste ano.

Enrique Tarrio, ex-líder nacional dos Proud Boys, preso em Miami em março de 2022, não estava em Washington em 6 de janeiro, mas era suspeito de liderar o ataque.

A acusação se baseou em comprovação de um encontro de Tarrio, com Stewart Rhodes, líder do Oath Keepers – também já condenado -, em 5 de janeiro, véspera do ataque, em um estacionamento subterrâneo em Washington. Depois disso, Tarrio manteve contato com membros dos Proud Boys que invadiram o Capitólio.

Desde a invasão daquele 6 de janeiro, mais de 950 arruaceiros apoiadores de Trump foram presos e acusados de semear o caos no Congresso.

Investigação não vinculante desenvolvida por Comissão Parlamentar já recomendou que Trump seja acusado criminalmente por convocar a baderna e conspirar contra o Estado.

O conselheiro especial do Departamento de Justiça, Jack Smith, investiga o papel de Trump e apoiadores na tentativa de anular o resultado da eleição presidencial de 2020 e pode indiciá-lo por este crime.

Fonte: Papiro