A primeira-dama dos EUA, Jill Biden e o secretário de Estado Blinken, ladeiam a nazi-ucraniana Paevskaya | Foto: Screenshot/TheWhiteouse

Entregar em plena Casa Branca – e no dia 8 de Março – o Prêmio Internacional Mulheres de Coragem à terrorista ucraniana Yulia Paevskaya, integrante do neonazi Batalhão Azov, é uma “glorificação do nazismo e uma desgraça”, afirmou o embaixador da Rússia nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, condenando a cerimônia de quarta-feira passada.

“Os círculos dirigentes locais deveriam ter vergonha diante dos veteranos americanos e soviéticos que, à custa de suas vidas, libertaram o mundo da ‘peste marrom’ – [a internacional do ódio e do fanatismo fascista]”, acrescentou Antonov.

“É uma pena. Não cabe na minha cabeça que os nazistas possam ser homenageados dentro dos muros da Casa Branca. Para quem não sabe: Paevskaya, que tem como codinome Taira, é uma criminosa terrorista ucraniana cujas mãos estão manchadas com o sangue de velhos, mulheres e crianças”, esclareceu o embaixador.

Carregando o símbolo de uma divisão SS alemã nazista, referindo-se ao Wolfsangel, insígnia usada pela 2ª Divisão Panzer SS Das Reich durante a Segunda Guerra Mundial, Taíra tem prestado relevantes serviços ao regime do presidente ucraniano Vladimir Zelensky e, em função disso, foi condecorada pela primeira-dama dos EUA, Jill Biden, e pelo secretário de Estado, Anthony Blinkne no Dia Internacional da Mulher.

TREINADORA DE NAZISTAS NO DONBASS

Antonov recordou que em março de 2022 Paevskaya “fingiu ser mãe de dois filhos, cujos pais ela mesma matou, e vestindo roupas civis tentou escapar da fábrica de Azovstal em Mariupol”. “Os menores sequestrados admitiram posteriormente que Paevskaya os ameaçou com represálias. Em 2014, essa pessoa participou ativamente da tomada armada do poder na Ucrânia. Então, de 2014 a 2018, ela estava engajada no treinamento de combate de neonazistas no Donbass. Ela cometeu crimes contra civis. O passatempo favorito de um seguidor de Stepan Bandera [um dos ideólogos do colaboracionismo ucraniano com os invasores], hoje exaltado em Washington, é atirar nas pessoas com um rifle de precisão”, denunciou o embaixador. “Lembre-se que o batalhão Azov confessa ideologia misantrópica [de limpeza étnica, de pureza racial]”, denunciou.

As autoridades estadunidenses estão cientes de tudo isso, condenou Antonov, recordando que “em 2019, os congressistas norte-americanos exigiram que o secretário de Estado incluísse o batalhão Azov na lista de organizações terroristas estrangeiras. Isso significa que, para ‘ferir’ a Rússia, os Estados Unidos estão dispostos a glorificar o nazismo”.

Após ter sido capturada pelas forças russas em Mariupol em março do ano passado, Paevskaya foi liberta do cativeiro em junho, devido a um acordo de troca de prisioneiros.

Fonte: Papiro