Alexander Bogomaz, governador de Bryansk, visitou o garoto de dez anos ferido pelos terroristas | Foto: Sputnik

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia, afirmou na sexta-feira (3) em comunicado que os assassinatos de civis na região russa de Bryansk, executados por um grupo de sabotadores infiltrados ucranianos na véspera, “foram cometidos com armas da Otan”. O presidente Putin caracterizou o incidente como um “ataque terrorista” de um tipo tipicamente cometido “pelos neonazistas e seus mestres”.

Na incursão, o grupo de sicários ucranianos ateou fogo a um prédio residencial em Sushany, plantou bombas no distrito de Klimovsky e. nas imediações da aldeia de Lyubechane, abriu fogo contra um automóvel que conduzia crianças à escola, matando o motorista e ferindo um menino de dez anos, que conseguiu fugir, levando as duas meninas mais novas para se protegerem na floresta. Depois, eles conseguiram carona até um assentamento, onde foram socorridos.

Os agressores fizeram vídeos de propaganda, sem sequer disfarçarem tatuagens nazista. De acordo com as autoridades russas, o ataque causou dois mortos e dois feridos. Um dos mortos foi identificado como “Tio Lyosha”, o motorista do veículo de transporte escolar. O menino ferido, Fedya, já foi operado e está bem.

“As autoridades ucranianas reconheceram repetidamente que todas as suas ações são realizadas com a aprovação e apoio dos Estados Unidos e de outros países da Otan. Os assassinatos na região de Bryansk foram cometidos com armas da Otan. A esse respeito, surge uma questão lógica sobre a qualificação desses países como cúmplices de tais crimes e como patrocinadores do terrorismo”, disse o MRE russo.

“Tiramos as conclusões apropriadas dos eventos. Investigadores russos iniciaram uma investigação. Este crime não ficará impune”, acrescentou o comunicado.

“Ao fornecer à Ucrânia tipos de armas de alta tecnologia, os Estados Unidos e outros países da Otan estão transformando o país em um laboratório pessoal e um campo de testes para seus desenvolvimentos”, continuou o ministério, referindo-se ao atual conflito Otan-Rússia na Ucrânia.

O Serviço Federal de Segurança da Rússia divulgou imagens, mostrando vítimas, veículos crivados de buracos de bala e armas, incluindo minas terrestres, bazucas e cápsulas de balas.

Em entrevista ao jornal Izvestia, um morador da aldeia de Lyubechane, Andrei, relatou que “[os sabotadores] bateram em todos que encontraram e levaram seus celulares”. Uma casa foi atingida com um lançador de granadas. Segundo a testemunha ocular, eles usavam uniforme militar com braçadeiras amarelas e tiraram fotos perto do prédio do conselho da aldeia.

“Está claro que a operação militar especial continuará até que as tarefas de desnazificação e desmilitarização da Ucrânia e a eliminação das ameaças à segurança emanadas de seu território sejam concluídas”, concluiu o comunicado do MRE russo.

UM HERÓI DE DEZ ANOS

Fyodor Fedya, de dez anos de idade, está sendo considerado um herói nacional e, segundo o governador de Bryansk, Alexander Bogomaz, será agraciado com medalha de heroismo assim que saia do hospital onde foi operado e passa bem.

Fedya estava no ônibus escolar que foi atingido por tiros disparados pelos terroristas invasores. O motorista conhecido como Tio Alyosha morreu e o garoto, apesar de ferido à altura da omoplata manteve-se firme e tranquilo e fugiu para se esconder em um bosque ao lado levando consigo duas meninas que estavam no ônibus salvando-se e a elas. Quando passou o perigo, uma das meninas foi até a aldeia próxima e conseguiu que viessem buscar o garoto com uma ambulância.

O presidente Putin declarou sobre o feito de Fedya: “Toda a Rússia se orgulha de você”.

Fonte: Papiro