Foto: Raphael de Araújo/Fenajufe

Entidades de servidores públicos federais que compõem o Fórum Nacional de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) e a Federação Nacional de Auditores de Controle Interno Público (Fenaud) enviaram um ofício ao governo, na última sexta-feira (24), com uma contraproposta de reajuste salarial.

Após a abertura da Mesa Nacional de Negociação Permanente com os servidores públicos, o governo apresentou a proposta de 7,8% de reajuste. O índice foi considerado insuficiente pelo funcionalismo, que está sem qualquer reajuste salarial desde 2017. “O percentual de 7,8% está muito aquém das perdas acumuladas nos últimos anos”, afirmam as entidades, que propõem que o governo “eleve sua oferta para 13,5 % a partir do mês de março próximo”. A reivindicação foi aprovada em reunião dos integrantes do Fórum na mesma sexta-feira.

O ofício foi protocolado para o secretário de Gestão de Pessoas e de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Sérgio Mendonça, e a proposta também será apresentada pelas entidades na próxima reunião da Mesa de Negociação, que ocorre amanhã (28).

“Os servidores estão muito ansiosos aguardando o desfecho dessa negociação, que nós esperamos que não se estenda além de meados de março”, ressaltou o presidente do Fonacate, Rudinei Marques.

Rivânia Moura, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), também destaca que “a proposta do governo está muito aquém das exigências e necessidades das servidoras e dos servidores públicos, que amargam ao menos seis anos sem reposição da inflação e quatro anos sem qualquer reajuste”.

“Isso aponta para uma necessidade de recomposição salarial urgente, como temos reafirmado. O índice de 7,8% apresentado é menos do que foi sinalizado na imprensa pela ministra Esther Dweck. É frustrante sentar na mesa de negociação e ter uma proposta desse patamar. A gente espera e exige que tenhamos mais zelo e respeito pela pauta dos servidores e das servidoras. Esse índice é muito insatisfatório para um processo de reparação e de negociação”, afirma Rivânia.

No mesmo dia na reunião, as entidades realizarão uma manifestação em frente ao Ministério de Gestão e Inovação, “para que possamos dar o tom desse processo de negociação, que não se desenvolve só na mesa, mas também com a pressão das categorias por suas reivindicações”. “Sem pressão não há negociação!”, ressalta a dirigente.

Fonte: Página 8