Servidores | Foto: Washington Costa/MF

Entidades representantes dos servidores públicos estão discutindo a apresentação de uma contraproposta de reajuste salarial para o funcionalismo. O governo federal propôs um reajuste linear de 7,8% enquanto os servidores defendem que o índice chegue a 10%.

Com salários congelados desde 2017, com perdas que chegam a quase 30% só no governo Bolsonaro, os servidores acreditam na possibilidade de um reajuste maior ainda este ano.

Para o presidente do Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, é inegável que o governo atual está fazendo um esforço de recompor as perdas do funcionalismo, “mas as entidades de âmbito federal do Fórum consideram que esse esforço ainda está aquém do possível, porque há espaço no Orçamento para avançar um pouco mais do que os 7,8% propostos. Então, vamos apresentar uma contraposta ao governo federal para que seja utilizado todo o recurso orçamentário disponível para a recuperação das perdas”, afirma Rudinei.

Segundo cálculos feitos pelas entidades, o reajuste poderia chegar a algo entre 9% e 10%, se pago a partir de maio. O cálculo levou em consideração a margem disponível, no Orçamento, para esse fim, de R$ 11,2 bilhões. A proposta apresentada pelo Executivo prevê o pagamento a partir de março.

Além do reajuste salarial, o governo também propõe reajuste de 43,6% no auxílio-alimentação, passando dos atuais R$ 458 para R$ 658, o que também será avaliado pelas entidades. A nova proposta deve ser apresentada na próxima reunião da Mesa de Negociação Permanente com o governo, marcada para terça-feira (28).

Fonte: Página 8