O protesto de Gênova foi organizado por portuários com apoio do PC italiano e amplos setores contra a guerra | Vídeo/RT Ruptly

Nas cidades italianas de Gênova e Milão, milhares de pessoas foram às ruas no sábado (25) exigir o fim do envio de armas para a Ucrânia; condenar a política de “tudo para a guerra”; exigir “Otan fora da Itália” e denunciar as autoridades de Roma por violação da lei nacional ao enviar armas a país em conflito militar.

Organizado pelo grupo Coletivo Autônomo de Trabalhadores Portuários (CALP) com o apoio do Partido Comunista italiano, o protesto ocorreu sob o lema “Abaixe as armas, aumente os salários”.

O porta-voz do CALP, José Nivoi, denunciou o governo italiano por violar a lei 185 de 1990, que “impôs a proibição da importação, exportação e trânsito de armas da Itália para os estados em guerra”.

Riccardo Rudino, também do CALP, afirmou que o “conflito na Ucrânia não começou no ano passado”, mas sim “em 2014, com o massacre da população de língua russa em Donbass”.

Os manifestantes marcharam pelo porto de Gênova, exigindo o fim do uso da instalação para embarques de armas com destino a cidades ucranianas.

Os organizadores também afirmaram que eles estavam se relacionando com “associações e ativistas com ideias semelhantes em várias cidades europeias” para fortalecer a defesa de seus povos.

Em Milão, milhares de pessoas se manifestaram contra o fomento à guerra pelo despejo constante de armas na Ucrânia. Cantaram slogans pela paz e agitaram bandeiras, incluindo as da Rússia e da República Popular de Donetsk.

BERLIM E LONDRES

As manifestações na Itália coincidiram com a da capital alemã, Berlim, onde mais de 20 mil pessoas participaram da concentração chamada de ‘Rebelião pela Paz’, convocada pela parlamentar do partido de esquerda Die Linke, Sahra Wagenknecht, e pela ativista dos direitos das mulheres Alice Schwarzer.

Na praça do Portão de Brandemburgo em Berlim, o protesto exigiu negociações de paz para acabar com as hostilidades na Ucrânia. Os participantes também exigiram do governo alemão que pare de enviar armas para Kiev.

Enquanto isso, milhares de manifestantes se juntaram na Trafalgar Square, em Londres, e cobraram ao governo do premiê Rishi Sunak que ponha fim ao envio de armamentos para Kiev. O evento contou com a presença do ex-líder do Partido Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn e os manifestantes alertaram que o envio de armas à Ucrânia, além de injustificável, põe em risco a paz na região.

Além dos Estados Unidos, a Alemanha e o Reino Unido estão entre os países que forneceram o maior apoio militar ao governo de Volodimyr Zelenski desde o início da operação militar especial russa em 24 de fevereiro de 2022 para proteger a população de Donbass e desnazificar e desmilitarizar o regime neonazista de Kiev.

Fonte: Papiro