Programa abrange 12 cursos de especialização para professores e beneficiará estudantes em todo o país | Foto: ABI

Recém-lançado pelo Ministério da Educação da Bolívia, com apoio da Agência de Governo Eletrônico e Tecnologias de Informação e Comunicação (Agetic), o Programa de Formação Especializada (Profe) está ampliando os investimentos na capacitação de professores da rede pública, atualizando a grade curricular com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino.

Com formação dirigida a professores primários e secundários, o Profe conta com o apoio das universidades públicas e abrange 12 cursos de especialização que incluem, além da robótica educativa, as áreas de leitura, escritura, expressão oral, raciocínio lógico matemático, estratégias didáticas, como o xadrez e origami, além de física, química, biologia e geografia.

As aulas iniciaram em fevereiro nos Centros de Formação e Inovação Tecnológica (CCIT) abertos na zona rural e urbana, e são ofertadas nos nove departamentos [estados] onde a Agetic colocou à disposição os seus 13 laboratórios para o desenvolvimento de cursos de robótica.

“O objetivo do Ministério da Educação é chegar ao Bicentenário [6 de agosto de 1825] com qualidade educacional para nossos alunos, e só vamos conseguir isso abrindo espaços de formação e educação para nossos colegas professores”, explicou o vice-ministro de Educação Regular, Bartolomé Puma.

Conforme o diretor-executivo da Agência de Governo Eletrônico, Vladimir Terán, “fomos encarregados pelo presidente Luis Arce Catacora para que nos laboratórios sejam desenvolvidos treinamentos técnicos para os professores, com todo o suporte e logística necessários para que a juventude saia beneficiada”.

Destacando a relevância da iniciativa, o membro do Comitê Científico das Olimpíadas Bolivianas de Robótica, Said Pérez, frisou que o ensinamento da ciência e da tecnologia não podem ser “uma questão alheia à cidadania”, precisando ser incorporada como um bem vital ao progresso do país. “Para a juventude, hoje, é uma necessidade enfrentar esse desafio. E se não começarmos agora, há o risco de perdermos a formação de uma geração inteira”, alertou.

Fonte: Papiro