Maria Zakharova, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Rússia | Foto: Sputnik

“A história dos Estados Unidos, embora curta, é sangrenta e forjou a imagem de uma nação hostil contra aqueles que não se submetem à sua vontade”, afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, em resposta às declarações do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que referindo-se à operação da Rússia na Ucrânia havia afirmado que “um grande país não deveria ofender outro e que os americanos não gostam que se faça isso”.

Blinken acrescentou que seus compatriotas acham que isso é errado e querem fazer algo a respeito.

“Posso estar enganada, mas até hoje essa pessoa representa os Estados Unidos e não qualquer outro país”, escreveu M. Zakharova em suas redes sociais, sublinhando que é obrigação do secretário de Estado conhecer pelo menos a história do seu país.

“Não foram os Estados Unidos que atacaram o Iraque? Ou o Iraque não é um país suficientemente pequeno?”, questionou.

A diplomata comentou uma lista publicada pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia, “que apresenta uma breve (longe de ser completa) revisão das provocações organizadas, em particular, pelos Estados Unidos, a partir da qual fica claro quais ferramentas há muito se tornaram parte integrante de sua política externa”.

A lista enumera alguns exemplos de quando os EUA fabricaram informações para atacar estados, como os casos do Vietnã em 1964, Panamá em 1989, Iugoslávia em 1999 e Síria em 2014, entre outros.

“A principal região de constante controle e intervenção norte-americana desde a proclamação da Doutrina Monroe em 1823 continua sendo a América Latina. As desculpas mais comuns (e cínicas) para incursões ao sul das fronteiras dos EUA são:

1. Proteger os cidadãos americanos.

2. A deslegitimação das autoridades oficiais, na maioria das vezes associada à insatisfação de Washington com os processos eleitorais soberanos nos estados latino-americanos”, concluiu, em mensagem no Telegram

Fonte: Papiro