Ministério da Justiça pedirá extradição de Anderson Torres caso não se entregue
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, deu ultimato ao ex-secretário de Segurança Pública e ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, para que se apresente à polícia.
Dino afirmou, nesta sexta-feira (13), que vai aguardar até a próxima segunda-feira (16) para que Torres se entregue à PF (Polícia Federal).
De acordo com o ministro da Justiça, caso isso não ocorra, o governo vai dar início aos procedimentos para pedir a extradição de Torres.
“Vamos aguardar até a segunda-feira que a apresentação [de Torres à PF] ocorra. Caso a apresentação não se confirme, por intermédio dos mecanismos internacionais, vamos deflagrar na próxima semana os procedimentos voltados à extradição, uma vez que há ordem de prisão”, disse o ministro.
A prisão de Torres foi decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Logo após a decisão se tornar pública, Torres informou, pelas redes sociais, que se entregaria. Ele está nos EUA, de férias com a família. Existe a expectativa de que ele chegue ao Brasil neste sábado (14).
Torres era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal quando ocorreram, em 8 de janeiro, a invasão, depredação e pilhagem do Palácio do Planalto, do Congresso e do STF por terroristas bolsonaristas que defendem golpe de Estado para derrubar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A suspeita é que Torres, em conjunto com setores da Polícia Militar do DF, tenha atuado para facilitar a ação dos terroristas bolsonaristas.
O então comandante da PM do DF, coronel Fábio Augusto Vieira, também teve a prisão decretada por Moraes e já se entregou.
Moraes também determinou o afastamento do cargo do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
Tanto o afastamento de Ibaneis, quanto as determinações de prisão de Torres e Vieira, foram submetidas à análise do plenário do STF, que as manteve por esmagadora maioria: 9 a 2.
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