Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os juros extorsivos, a inflação dos alimentos que não dá trégua, desemprego elevado e os salários arrochados não pouparam nem o setor de serviços que, com a retomada das atividades, após pandemia, ainda apresentava variações positivas. Em novembro, o setor ficou estagnado em 0,0%, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta quinta-feira (12), na comparação com o mês de outubro, mês que registrou recuo de -0,5%.

Novembro marcou a segunda queda seguida no setor que tem maior peso no Produto Interno Bruto (PIB) – 69% no segundo trimestre deste ano, segundo o IBGE. Assim como confirmou a paralisia na economia brasileira sob Bolsonaro, que, mesmo com suas medidas artificiais às vésperas das eleições, conseguiu maquiar. Sem aumento real do salário mínimo durante 4 anos, sem investimentos públicos e arrocho no crédito, com a inadimplência batendo recorde para as famílias e as empresas, o resultado também foi negativo em novembro para a produção industrial (-0,1%) e para as vendas do comércio (-0,6%).

Segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), o setor ficou 10,7% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, mas está 0,5% abaixo do recorde alcançado em setembro de 2022.

“A variação nula (0,0%) do volume de serviços de outubro para novembro de 2022 teve três das cinco atividades investigadas mostrando taxas negativas, com destaque para informação e comunicação (-0,7%), que eliminou parte do ganho acumulado no período julho-outubro (5,1%). As demais retrações do mês vieram de outros serviços (-2,2%) e de serviços prestados às famílias (-0,8%), com o primeiro eliminando boa parte do avanço registrado em outubro (2,8%) e o último assinalando o segundo resultado negativo seguido (-2,1%)”, destacou o IBGE.

As contribuições positivas ocorreram em transportes (0,3%) e profissionais, administrativos e complementares (0,2%), com o primeiro setor interrompendo duas quedas consecutivas, período em que havia acumulado uma perda de 2,0%; e o segundo mostrando um ligeiro acréscimo (0,2%), após ter recuado 0,9% em outubro.

A média móvel trimestral também ficou estagnada em 0,0% no trimestre encerrado em novembro, interrompendo a sequência de taxas positivas entre abril e outubro.

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