PCdoB participa de conferências nacionais e projeta diretrizes para 16º Congresso

Em um momento decisivo para os rumos do país, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) reuniu virtualmente, nessa terça-feira (22), lideranças e militantes que atuam nas conferências nacionais promovidas pelo governo federal. O objetivo foi traçar diretrizes políticas unificadas para orientar a participação dos comunistas nesses espaços estratégicos de debate e formulação de políticas públicas.
A iniciativa partiu do entendimento de que, diante de um cenário político em disputa, é fundamental reforçar a presença qualificada do partido nos processos participativos em curso e que mobilizam milhares de lideranças em todo o Brasil.
Ao mesmo tempo, trata-se de uma oportunidade valiosa para compartilhar, com amplos setores da sociedade, as reflexões que embasam a construção coletiva do 16º Congresso do PCdoB, que acontece em outubro.
“Mesmo com a proximidade do congresso, os e as comunistas estão profundamente inseridos nos processos de conferências. Precisamos aproveitar essa grande oportunidade para apresentar as ideias que temos debatido e reforçar nossa principal fortaleza: a unidade na ação”, destacou Ronald Ferreira dos Santos, dirigente nacional do partido.
Ronald também frisou que o PCdoB tem papel ativo e influente nas conferências nacionais e que é essencial ocupar esses espaços com propostas que dialoguem com as demandas reais do povo brasileiro. “A orientação é clara: qualificar os debates, enfrentar a ofensiva conservadora e reafirmar nosso compromisso com os direitos do povo”, destacou.
Unidade política e foco estratégico
Durante a reunião, Nádia Campeão, secretária nacional de Organização, chamou atenção para o intenso calendário de preparação para o 16º Congresso do PCdoB, que coincide com os processos das conferências nacionais. “Temos pouco mais de dois meses até nosso congresso. É hora de ter foco político e modulação das energias partidárias que combine a centralidade dos esforços na construção do 16º Congresso e a contribuição dos comunistas nas conferências, em que ganham papel estratégico os movimentos sociais e os espaços institucionais onde o PCdoB atua”, salientou.
Nádia completou dizendo que “as reflexões expressas em nosso Projeto de Resolução Política do 16º Congresso devem orientar, desde já, a atuação nos diferentes espaços políticos em especial nos processos de conferências nacionais”.
Durante a atividade, Nivaldo Santana, secretário nacional sindical do PCdoB, reforçou a importância da ação articulada do partido neste período.
Ele fez uma análise da conjuntura, destacando o avanço da extrema direita, os desafios enfrentados pelo governo Lula no Congresso Nacional e a urgência de ampliar o protagonismo comunista nas disputas nacionais e internacionais. “Nosso projeto de resolução está sendo debatido em várias frentes, e essas conferências são palco essencial para fortalecê-lo”, ponderou.
O segundo semestre de 2025 será marcado por um extenso e estratégico calendário de conferências nacionais, que abarcam áreas fundamentais para o desenvolvimento do país. (Veja abaixo a agenda de conferências). Com a presença ativa da militância comunista, os encontros se tornam ainda mais potentes.
Atuação nas frentes de massa
Ao longo da reunião, militantes e dirigentes que lideram diversas frentes temáticas compartilharam experiências e estratégias de atuação. Os relatos revelaram o empenho e a diversidade da militância comunista.
Ronaldo Leite destacou a importância da 2ª Conferência Nacional do Trabalho e a articulação com a CTB nas etapas estaduais. Julião Vieira relatou o engajamento do movimento negro na 5ª Conferência de Igualdade Racial, superando desafios estruturais, em São Paulo.
Já Éder Pereira alertou para a tentativa da extrema direita de capturar os debates nas conferências e reforçou a centralidade de pautas estruturantes, como as relacionadas às mulheres e à população LGBTQIA+.
Maria das Neves celebrou as conferências como marcas do Estado democrático de direito e apontou a Conferência Nacional de Direitos Humanos como espaço fundamental de disputa da memória, da verdade e da justiça.
Vanja Angélica e Santa Alves relataram a forte atuação da União Brasileira de Mulheres (UBM), que está organizando mais de 100 conferências livres rumo à Conferência Nacional de Mulheres. Elas defenderam a elaboração de um documento com as propostas do partido para ser distribuído às delegadas.
Debora Melecchi destacou a defesa do SUS e a expressiva atuação dos comunistas na 5ª Conferência de Saúde dos Trabalhadores.
Fernando Eleutério e Maria Angélica Gomes chamaram atenção para a importância de dar visibilidade à pauta da população idosa nas ações partidárias.
Agenda de conferências
Confira abaixo a agenda de conferências nacionais do governo federal que acontecem a partir de agosto:
1ª Conferência Nacional de Mulheres Indígenas (04 a 08 de agosto)
4ª Conferência Nacional de Economia Solidária (14 a 17 de agosto)
5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (18 a 21 de agosto)
5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (15 a 19 de setembro)
5ª Conferência Nacional das Mulheres (29, 30 de setembro e 1º de outubro)
6ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA) (06 a 10 de outubro)
6ª Conferência Nacional das Cidades (06 a 09 de outubro)
4ª Conferência Nacional de Políticas Públicas e Direitos Humanos LGBTQIA+ (21 a 25 de outubro)
14ª Conferência Nacional de Assistência Social (06 a 09 de dezembro)
13ª Conferência Nacional de Direitos Humanos (10 a 12 de dezembro)
6ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (16 a 19 de dezembro)
2ª Conferência Nacional do Trabalho (etapa nacional em 2026)
Para saber mais sobre as conferências nacionais, clique aqui.
(PL)