Sindicato repudia privatização do Metrô de Belo Horizonte
A presidente do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro-MG), Alda Santos, condenou a privatização do Metrô de Belo Horizonte (BH), realizada nesta quinta-feira (22), na sede da B3, em São Paulo.
Para Alda, o governo Bolsonaro deu a empresa de presente de natal para o setor privado, pois “vendeu a preço de banana”. “Vendeu muito barato conforme apontamos em nossa campanha. Vendeu a preço de banana, ou seja, o governo federal deu de presente o metrô de BH”, disse a sindicalista.
O Metrô de BH foi entregue à ao Grupo Comporte em leilão realizado nesta quinta-feira (22) por pouco mais de R$ 25 milhões. Atualmente, o metrô tem apenas uma linha com 19 estações e cerca de 28 quilômetros de extensão. A empresa terá que construir uma nova linha e 8 estações.
Alda adiantou que procurará a equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, para negociar o futuro dos 1,6 mil empregados da Companhia de Trens Urbanos Minas Gerais (CBTU Minas).
“Vamos seguir em frente, esperar a posse do Lula e cobrar as palavras dele há uma semana, quando anunciou o Aloísio Mercadante como presidente do BNDES e que ‘no país acabaram as privatizações’. Já privatizaram tudo o que tinha que privatizar”, afirmou.
Apesar de ter sido realizado o leilão, ela considerou positiva a unidade da categoria em defesa contra a privatização, com a adesão da maioria dos trabalhadores nos oito dias de paralisação durante a campanha em defesa do Metrô.
“Mesmo que tenha sido vendido por R$ 25 milhões, mesmo na forma como foi feito, não ouvindo os trabalhadores, a categoria seguiu junta”, destacou.
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(BL)