Legenda: Operários chineses inspecionam trecho do gasotudo inaugurado no sábado (VCG)

O gasoduto China-Rússia que permitirá que o gás russo atravesse o rio Yangtze para chegar até Xangai, estabelecendo as bases para a conclusão completa do projeto histórico de cooperação energética China-Rússia na rota leste, foi concluído no sábado (03).

A finalização do projeto permite a operação completa do gasoduto e deve garantir o fornecimento de energia para a China em meio ao aumento dos preços globais, afirmou Lin Boqiang, diretor do Centro de Pesquisa em Economia Energética da China na Universidade de Xiamen.

O túnel, que tem uma extensão de 10.226 quilômetros e foi projetado com três ramais de 1.422 milímetros de diâmetro cada um, foi concluído após 28 meses de trabalho, de acordo com a empresa PipeChina, e deve entrar em operação em 2024, segundo relatos da mídia.

O gasoduto completo se estende por mais de 8.000 quilômetros, com uma seção de 3.000 quilômetros na Rússia e um trecho de 5.111 quilômetros na China.

Os construtores do projeto adotaram medidas de proteção ambiental, como um escudo balanceado de lama e água e transporte selado de resíduos, para proteger o pântano ao longo das margens e a ecologia do rio Yangtze.

O duto está programado para fornecer anualmente à China 38 bilhões de metros cúbicos de gás natural russo, sob um acordo assinado entre a China National Petroleum Corp e a gigante russa de gás Gazprom. O contrato acertado vale por 30 anos e tem o valor de US$ 400 bilhões, informou a Agência de Notícias Xinhua.

GASODUTO É EXEMPLO DE COOPERAÇÃO

“O projeto oferece um exemplo bem-sucedido de benefício mútuo e cooperação internacional ganha-ganha e combina as vantagens dos recursos abundantes da Rússia com o vasto mercado da China”, frisou Lin.

O diretor do Centro de Pesquisa observou que, no contexto da crise fomentada pela Otan na Ucrânia e em meio ao esforço da China para otimizar a estrutura de consumo de energia do país, deve abrir maiores oportunidades para a cooperação China-Rússia no futuro.

Na cerimônia de abertura do quarto Fórum de Negócios de Energia China-Rússia, no dia 29 de novembro, o vice-primeiro-ministro chinês, Han Zheng, propôs uma cooperação energética China-Rússia mais profunda.

“A China e a Rússia devem estabelecer uma parceria de cooperação energética mais próxima e fazer maiores contribuições para melhorar o bem-estar dos dois povos e promover a segurança energética global e o desenvolvimento sustentável, disse Han.

Papiro

(BL)