Vamos lutar pela revogação da reforma trabalhista, diz Adilson Araújo
A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) vai manter a defesa da revogação integral da reforma trabalhista, ainda que esta não seja a posição do futuro governo Lula. Segundo Adilson Araújo, presidente da entidade, “o apoio das centrais sindicais a Lula é legítimo, mas não significa um cheque em branco”.
“A CTB nasce assentada em três questões fundamentais: a defesa da contribuição sindical, a defesa da unicidade e do fortalecimento do sindicalismo. Não há contradição entre apoiar um governo democrático e popular e, ao mesmo tempo, pressioná-lo para nossas lutas”, declarou Adilson, nesta quinta-feira (8), durante o ato político em que a CTB comemorou seu 15º aniversário, no Rio de Janeiro.
O sindicalista negou que as centrais tenham consenso sobre temas como o imposto sindical e a própria legislação do trabalho. “Não demos procuração para ninguém dizer que não queremos mudar nada na reforma trabalhista, nem demos procuração para ninguém dizer que não queremos a contribuição sindical”, agregou. “Temos que combinar a luta institucional com a luta social para fazer valer a importância de seguir lutando e resistindo com a perspectiva de transformar o Brasil.”
Para Vicente Selistre, vice-presidente da CTB, o desafio do sindicalismo é aproveitar a nova correlação de forças aberta com as eleições presidenciais de 2022. “Com a vitória do presidente Lula e das forças democráticas, é preciso levar nossa agenda, nossa pauta fundamental da CTB, que é a unicidade, o movimento sindical independente, forte, combativo e de luta.”
Também vice-presidente da CTB, Ubiraci Dantas, o “Bira”, reforçou que a frente ampla e democrática deve se manter ativa. “Derrotamos o fascismo através de uma frente ampla”, lembrou Bira. “Agora, é muito importante a participação da CTB na posse, para que possamos resgatar o nosso verde-e-amarelo, a nossa bandeira, que pertence ao povo brasileiro, e não a fascista nenhum.”