O ministro da Agricultura, Blairo Maggi | reprodução.

Jagunços bolsonaristas atiraram, em Novo Progresso (PA), contra um comboio de caminhões da Amaggi, empresa de Blairo Maggi, ex-governador do Mato Grosso e ex-ministro da Agricultura, aliado de Lula.

O caso aconteceu na BR-163, na altura de Novo Progresso, na divisa entre o Pará e o Mato Grosso, bloqueada diversas vezes pelos bolsonaristas, que querem ignorar de forma fascista a vitória de Lula nas eleições presidenciais.

A Polícia Militar informou que ninguém foi ferido, apesar de seis caminhões terem sido alvejados pelos bolsonaristas. Um dos caminhões não teve condições de seguir viagem depois do ataque.

“Felizmente os danos foram apenas materiais e nenhum dos motoristas se feriu”, comentou a Amaggi.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) recebeu relatos de que os seguidores de Bolsonaro fizeram uma emboscada contra o comboio da Amaggi, tendo se escondido em arbustos antes de atirar nos caminhões.

A região de Novo Progresso tem verificado os atos golpistas se tornarem cada vez mais violentos. Seis pessoas que atiraram contra a PRF em um bloqueio na BR-163 foram presas.

A PRF já comentou que os bolsonaristas usam táticas terroristas nos ataques com armas e explosivos.

Blairo Maggi foi ministro da Agricultura e tem apoiado o presidente eleito, Lula, e atuado pela indicação de Neri Geller, ex-deputado e ex-ministro no governo Dilma.

Em Brasília, um baderneiro usou o palco instalado em frente ao Quartel-General do Exército para convocar atiradores e caminhoneiros para provocar tumultos na capital do país.

Em vídeo, um homem identificado como Milton Baldin, do município de Jurena (MT), açula bolsonaristas a promoverem tumultos na diplomação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 19 de dezembro.

Ele solicita que empresários do agro liberem caminhoneiros durante, ao menos, 15 dias, para participarem dos protestos.

Ele convoca os brasileiros que tenham “armas legais” e os colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs) para “mostrarem presença”. “Se nós perdermos essa batalha, o que vocês acham que vai acontecer dia 19? Vão entregar as armas? E o que eles vão falar? ‘Perdeu, mané?’”, disse.

Com a bandeira do Brasil em mãos, ele termina sua fala dizendo: “Esta bandeira até pode ser vermelha, mas com meu próprio sangue”.

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(BL)