Rádio Viva Voz/Divulgação

Jair Bolsonaro gastou R$ 1 milhão de sua campanha com a Audiency Brasil, empresa responsável pelo relatório mentiroso sobre as inserções de sua propaganda eleitoral em rádios do Nordeste.

O valor foi informado pela campanha de Jair Bolsonaro ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na prestação de contas e representa o dobro do que foi pago à Soundview, empresa que realizava o serviço antes da Audiency.

A campanha de Bolsonaro usou o relatório para tentar melar as eleições, uma vez que todas as pesquisas eleitorais mostravam que o ex-presidente Lula tinha vantagem no segundo turno. Eduardo Bolsonaro, filho de Jair, chegou a sugerir que o segundo turno fosse adiado.

Jair Bolsonaro pediu, com o relatório, que o TSE abrisse uma investigação sobre uma suposta ação coordenada para que rádios nordestinas deixassem de transmitir a inserção de rádio de sua candidatura.

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, negou o pedido e apontou falta de provas na denúncia. Além disso, acionou o procurador-geral eleitoral, Augusto Aras, para apurar “possível cometimento de crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito” por parte da campanha de Bolsonaro.

A Audiency Brasil supostamente identificou que deixaram de ser veiculadas 150 mil propagandas eleitorais de Jair Bolsonaro em oito rádios.

Após a divulgação do relatório, sete dessas rádios se pronunciaram e desmentiram as acusações. A Rádio da Bispa apontou que o relatório errou, inclusive, sua frequência. “Veiculamos todas as inserções que são enviadas para nós, e estamos fazendo nossa parte”, informa a nota da rádio.

As rádios Povo de Feira de Santana e Poções (BA) afirmaram, em nota, que “veicularam todo o material de campanha recebido pelas coligações, como a que representa o atual mandatário da República, conforme determinações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”.

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(BL)