O procurador geral da república, Augusto Aras , durante sessão de julgamento sobre limite para compartilhamento de dados fiscais | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A Procuradoria-Geral da República (PGR), comandada por Augusto Aras, fez novos pedidos de arquivamento de dez investigações e inquéritos criminais abertos contra Jair Bolsonaro (PL) desde setembro.

Trata-se de contagem regressiva e corrida contra o tempo, pois a movimentação foi feita antes de Bolsonaro perder o foro privilegiado a que tem direito em função da derrota eleitoral no pleito de outubro. Assim, o mandato dele se encerra em 31 de dezembro de 2022.

“Em pelo menos cinco destes inquéritos relacionados ao relatório final da CPI da Covid, as solicitações foram negadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em três desses, a Corte deu à Polícia Federal o protagonismo de parte das investigações”.

As investigações serão enviadas pelo STF ao Ministério Público Federal, caso não sejam encerradas até o último dia de dezembro.

Além da inação na pandemia de covid-19, o atual ocupante do Palácio do Planalto é alvo de três inquéritos sob relatoria do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que tratam da disseminação de fake news.

Em dois casos, a PGR também solicitou o arquivamento dos processos.

Em outra investigação sobre suposta interferência política do governo na PF também teve pedido de arquivamento solicitado pela PGR. A PF também se manifestou de forma favorável pelo fim do inquérito.

“Após deixar o governo federal, o presidente também voltará a responder por ações penais pelos crimes de injúria e incitação ao crime, referentes a uma queixa-crime movida pela ex-ministra Maria do Rosário (PT)”, aponta reportagem do Estadão.

Após deixar o Planalto, Bolsonaro também poderá ser investigado em função de denúncias envolvendo esquema de rachadinha que teria funcionado no gabinete dele à época em que era deputado federal.

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(BL)