Trabalhadores gregos fazem greve geral e atos contra arrocho salarial
Os trabalhadores gregos atenderam à convocação das principais centrais sindicais do país e fizeram greve geral de 24 horas, além de marchas contra a inflação acelerada e arrocho salarial, na quarta-feira (9).
A marcha reuniu milhares na capital Atenas e em diversas outras cidades do país, entre elas a portuária Tessalônica.
As principais reivindicações apresentadas pelas centrais são aumento do salário mínimo e das pensões, além da restauração do sistema de negociação coletiva e a contenção da espiral inflacionária.
As centrais sindicais, entre as que se encontram a Central de Trabalhadores da Grécia (PAME) e a Confederação Geral dos Trabalhadores Gregos (GSEE), que representam milhões de trabalhadores, convocaram a greve de 24 horas e afirmaram que os trabalhadores continuarão nas ruas enquanto o governo não negociar e levar em conta suas reivindicações.
Além dos trabalhadores do transporte público, aderiram à greve funcionários dos meios de comunicação, bem como trabalhadores da administração local, professores, marinheiros, funcionários da principal companhia aérea grega, a Aegean Airlines e também sua subsidiária Olympic Air.
Unificadamente, os sindicatos pedem salário mínimo de 825 euros no setor privado e mais 20% no setor público, preços mais baixos da energia, abolição de impostos especiais sobre petróleo, gasolina, gás natural e eletricidade, bem como a redução dos preços de bens de primeira necessidade como alimentação, vestuário, entre outros, e a não tributação dos rendimentos de até 12.000 euros por ano. Atualmente, o salário mínimo na Grécia é de 713 euros por mês.
A PAME reuniu seus apoiadores perto do Propylaea, na porta da Acrópole, e marcharam para a praça central da capital, Syntagma, diante do prédio do Parlamento grego, exigindo que o governo “rejeite as políticas antipopulares que criam pobreza, fome, exploração e guerra, que deixam as pessoas no frio para aquecer os lucros dos empresários”.
O Comitê Executivo da Confederação dos Sindicatos dos Funcionários Públicos (ADEDY) exige um aumento imediato dos salários dos servidores. Durante 12 anos, os trabalhadores do setor público não só não receberam aumento salarial, como sofreram cortes de até 40% e cancelamento do 13º, denuncia o comunicado a segunda maior organização sindical da Grécia.
Papiro (BL)