Encontro da Celac em Buenos Aires (Divulgação)

Os chanceleres da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) exigiram de forma categórica, na quarta-feira (26), que os Estados Unidos excluam Cuba da lista de patrocinadores de terrorismo, informou o representante cubano, Bruno Rodríguez.

“Eles revindicaram a exclusão de Cuba da lista unilateral que os EUA preparam de países que supostamente patrocinam o terrorismo”, declarou o chefe da diplomacia da ilha caribenha. A informação foi postada por Bruno Rodríguez no Twitter no âmbito da XXIII Reunião de Ministros das Relações Exteriores da CELAC, realizada em Buenos Aires.

O chanceler cubano relatou que os países que integram a CELAC “pediram o fim do bloqueio econômico contra a Ilha, destacando os graves danos causados ao bem-estar do nosso povo”. Na oportunidade, Rodríguez conclamou todos a enfrentarem “de forma coesa, os problemas prementes da região, os mais desiguais no planeta, o que inclui níveis crescentes de pobreza e insegurança alimentar, economias em desaceleração e endividamento crescente”.

O chefe da diplomacia repudiou a inclusão de Cuba na lista arbitrária de países que patrocinam o terrorismo, bem como a aplicação de medidas coercitivas unilaterais contrárias ao Direito Internacional, incluindo listas e certificações contra as nações da região.

“Cuba continuará lutando incansavelmente pela integração genuína de Nossa América, unida em sua diversidade e guiada pelos postulados da Proclamação da América Latina e do Caribe como Zona de Paz”, enfatizou o chanceler, reiterando “o fortalecimento e a consolidação da CELAC como interlocutor regional”.

Nesta quarta, os funcionários da organização regional participaram da sessão plenária da reunião, na qual ratificaram seu compromisso de desenvolver políticas conjuntas para enfrentar os desafios comuns da região. Na quinta-feira (27), os chanceleres da CELAC realizarão a III Cúpula com seus homólogos da União Europeia (UE), também na capital argentina.

Os chanceleres da CELAC frisaram ainda a importância de ampliar os laços com os parceiros extrarregionais, com base na equidade, na inclusão, na igualdade soberana dos Estados e na não intervenção em assuntos internos, a fim de garantir a soberania de seus países e povos.

Na oportunidade, as delegações dos 32 Estados-Membros debateram igualmente temas como a recuperação econômica após a COVID-19, a estratégia comum de saúde, a luta contra a corrupção e a segurança alimentar, e a colaboração com parceiros extrarregionais, a integração de infraestrutura, a cooperação ambiental e a melhoria da situação das mulheres em seus países.

Papiro
(BL)