Faixa erguida em ato exige cortes nas contas de energia (The Times)

De acordo com o estudo publicado com base em uma pesquisa realizada entre fevereiro e junho, 31,9 milhões de pessoas, o que equivale a 60% de todos os adultos do país, consideram uma carga pesada manter o pagamento das contas em dia, alertou a Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido (FCA, na sigla em inglês) na sexta-feira (21).

O total de cidadãos em dificuldades aumentou em seis milhões em relação a 2020, quando a economia entrou em lockdown para combater a pandemia de coronavírus.

Mais de 4,2 milhões de pessoas ficaram inadimplentes em pelo menos três dos seis meses anteriores à pesquisa detalhou Sheldon Mills, diretor da FCA.

As chances de ter dificuldades financeiras aumentam quase sete vezes para as pessoas que vivem nas áreas mais carentes do Reino Unido, em comparação com aquelas que vivem nas áreas com melhores condições de vida, apontou o estudo.

A pesquisa também mostrou que, entre os adultos, a condição de manter as contas em dia é mais difícil entre os negros se comparada à condição dos brancos. Os que estão à beira da inadimplência são em número duas vezes maior de negros do que brancos.

Atualmente, Londres vive uma crise não só econômica, mas também política porque há poucos dias e com apenas 44 dias de mandato, Liz Truss renunciou ao cargo de Primeira-Ministra após a saída de Kwasi Kwarteng, ex-chanceler do Tesouro do país e autor do escandaloso plano de “apoio” à economia que optou por um corte maciço de impostos para os mais ricos.

Uma vez anunciado esse plano, a rentabilidade dos títulos públicos registrou 4,6%, o menor patamar desde 2008, o que trouxe consigo a queda na demanda por obrigações de dívida. Em relação a isso, a moeda nacional caiu acentuadamente, para o mínimo histórico de 1,054 dólares por libra esterlina.

A FCA disse que a sua pesquisa foi a maior do gênero realizada no país, com mais de 19.000 pessoas entrevistadas.

Papiro
(BL)