Na esteira das mobilizações que tomaram as ruas do Brasil no último domingo, quando milhares de pessoas, movimentos sociais e partidos ocuparam praças e avenidas de dezenas de cidades para dizer não à guerra e ao genocídio em Gaza, o ciclo de debates “O Futuro tem Partido” realiza sua nova etapa em São Paulo, aprofundando a reflexão sobre os caminhos da esquerda e os desafios da conjuntura internacional neste início de século.

O encontro acontece nesta segunda-feira (16) das 17h às 20h, no Auditório Milton Santos do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), com o tema “A atualidade do socialismo no século XXI”.

A proposta é revisitar as experiências socialistas do século XX, analisar seus avanços, limites e desafios, e debater as formulações e práticas que mantêm vivo o projeto socialista no mundo contemporâneo. Em destaque estará a análise do modelo chinês e do socialismo com características próprias do século XXI, à luz das transformações geopolíticas, econômicas e sociais que marcam a virada de época global.

A mesa contará com a presença de destacados nomes do campo político e acadêmico: Elias Jabbour, presidente do Instituto Pereira Passos (IPP) e referência nos estudos sobre o desenvolvimento chinês; Gustavo Petta, secretário nacional de Juventude do PCdoB e vereador em Campinas (SP); Manuella Mirella, presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Para Elias Jabbour, o socialismo do século XXI precisa ser analisado à luz das experiências concretas em curso. “A China está aí para provar que a atualidade do socialismo está demonstrada nos avanços significativos conquistados pela sociedade chinesa. Socialismo, neste caso, com características próprias, capaz de articular desenvolvimento econômico, planejamento estratégico e soberania nacional. Refletir sobre essas experiências é estratégico para a esquerda brasileira”, destaca o pesquisador.

Gustavo Petta aponta a relevância da juventude na construção dessas respostas. “Discutir o socialismo no século XXI é debater também o futuro da juventude trabalhadora e suas possibilidades de vida digna. É papel da esquerda apresentar um novo projeto de país para as novas gerações”, afirma o dirigente comunista.

Já Manuella Mirella ressalta o papel da juventude organizada. “A UNE segue na trincheira da defesa da democracia, da educação pública e do direito dos jovens sonharem com um futuro mais justo. O futuro tem partido e ele é o PCdoB. Fica o convite à juventude brasileira a caminhar conosco”, afirma.

Responsável pela coordenação do ciclo, Tiago Alves, da Comissão Nacional de Juventude do PCdoB, reforça o propósito da iniciativa. “Nosso objetivo é percorrer o Brasil dialogando com a juventude, levando a reflexão política sobre os grandes temas contemporâneos e apresentando o PCdoB como ferramenta de transformação social. O socialismo continua mais atual do que nunca. Enquanto houver injustiças e exploração no mundo, o socialismo é o caminho”, afirma Tiago.

O ciclo “O Futuro tem Partido” acontece entre os meses de maio, junho e julho, percorrendo diversas regiões do país. A expectativa é mobilizar mais de 1.200 jovens em discussões que envolvem crise climática, precarização do trabalho, multipolaridade, socialismo e solidariedade internacional. Para a juventude comunista, esses encontros são momentos de formação política, resistência e construção coletiva de superação ao sistema vigente.

A atividade integra a programação preparatória do 16º Congresso do PCdoB, que será realizado em outubro. Com 103 anos de história completados em 2025, o PCdoB segue como o partido político mais longevo em atividade no Brasil, renovando seu compromisso com a construção de um Brasil soberano, democrático e socialista.

SERVIÇO

Evento: Ciclo de debates “O Futuro tem Partido”
Tema: A atualidade do socialismo no século XXI
Data: 16 de junho (segunda-feira)
Horário: das 17h às 20h
Local: Auditório Milton Santos do Departamento de Geografia da USP
Transmissão: Online, com link a ser divulgado nas redes sociais do PCdoB

__

(BL)